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Simpósio vai debater incidência de pragas no eucalipto

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) promove no próximo dia 14 (terça-feira) o Simpósio sobre as Pragas do Eucalipto,que vai debater a incidência de pragas exóticas que se disseminaram pelos principais estados produtores de eucalipto nas últimas décadas. O simpósio será realizado em Maringá e terá a participação de técnicos da Secretaria da Agricultura, Emater, e Associação Maringaense de Engenheiros Agrônomos (Amea).

Os organizadores vão envolver ainda os Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSAs), que representam a comunidade, para orientar sobre as técnicas de produção de mudas. As inscrições antecipadas podem ser realizadas na Amea – Associação Maringaense de Engenheiros Agrônomos, pelo telefone (44) 3026-4244.

Esse público estará em contato com técnicos da Embrapa Floresta, de Colombo, e da Unesp, de Botucatu (SP), que vão explicar como a falta de sanidade compromete o desenvolvimento do cultivo e o rendimento futuro do eucalipto. Neste simpósio será discutida a importância da produção de mudas sadias produzidas sob a responsabilidade de um profissional devidamente habilitado, de viveiros inscritos no Renasem (Registro Nacional de Sementes e Mudas), doenças do eucalipto em viveiros florestais, percevejo bronzeado do eucalipto, vespa da galha e psilídio de concha.

Para o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Marcílio Martins Araújo, a sanidade das mudas florestais é de extrema importância porque afeta um segmento que está em expansão. Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, em meados da década dos anos 2000 iniciou-se a expansão da produção de mudas de eucalipto. No ano de 2005, em relação ao ano anterior, o aumento na produção de mudas foi de 52,3%. De lá para cá, o setor vem expandindo, em média, 30,33% ao ano.

Na região Noroeste do Estado, considerando os cultivos implantados nos municípios de Maringá, Paranavaí, Cianorte e Umuarama, entre 2004 e 2005, o aumento da produção de mudas foi de 132%. De lá para cá, o crescimento da produção de mudas de eucalipto na região vem aumentando numa média de 28,15% ao ano.

Na região de Maringá o cultivo de eucalipto ocupa 15 mil hectares. Mas essa área é insuficiente para atender a demanda de serrarias, a produção de escoras para construção civil ou mesmo de maravalha (usada em aviários).

PRAGAS E DOENÇAS – O simpósio conta com a participação de engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, técnicos de nível médio da iniciativa pública e privada, produtores, viveiristas, CSAs, sindicatos e cooperativas.

O alerta vem ao encontro com as necessidades e as preocupações estaduais em ordenar a produção e garantir a sanidade das mudas de eucalipto, pois a produção de mudas em viveiros clandestinos é hoje a principal fonte de disseminação de pragas para a cultura.

Essas pragas podem comprometer o rendimento dos cultivos florestais. Muitos produtores têm no cultivo do eucalipto uma "poupança" para o futuro. A falta de comprometimento e o desconhecimento da atividade colocam em risco os investimentos e a expansão da cultura a longo prazo.

Segundo Araújo, a ausência de sanidade pode transformar as mudas florestais em veículos de pragas limitantes ao cultivo comercial, podendo comprometer o rendimento e comercialização dos produtos e subprodutos do eucalipto.

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