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Setor florestal aguarda linha de crédito para primeiro desbaste das árvores

Medida poderá impulsionar a produção de toras no país

O anúncio do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2017/18, previsto para acontecer nas próximas semanas, pode impactar diretamente no setor florestal paranaense. O motivo está na possibilidade da regulamentação de uma linha de crédito específica para o custeio de tratos, desbastes e condução das florestas plantadas. A demanda é apresentada desde o PAP 2015/16, mas ainda não obteve o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A abertura de um financiamento específico para o primeiro desbaste das florestas plantadas irá impulsionar a produção de toras, principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina, que concentram 90% da produção de madeira serrada no Brasil. Atualmente, o valor da venda da madeira fina, retirada no primeiro manejo, não viabiliza o serviço, fazendo com que os produtores abram mão de um investimento de longo prazo.

“Só a renda da venda da tora fina não paga o serviço do primeiro desbaste. Mas é precisa fazer a intervenção para o crescimento das toras mais grossas, com maior valor agregado. Porém, por conta da escassez de recurso, o produtor conduz a floresta até 15 anos, quando terá uma homogeneidade de tora mais fina que não alcança o preço ideal de mercado”, explica José Mauro Paz Moreira, pesquisador na área de economia e planejamento florestal de Embrapa Floresta. “É preciso retirar algumas linhas para as árvores ficarem grossa. Mas a venda da fina não paga o serviço. Precisamos de uma linha para financiar a primeira intervenção”, reforça Ailson Loper, gerente executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre).

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Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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