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Sericultores perdem milhares de lagartas de bicho-da-seda

Em Tuneiras do Oeste, produtores acumulam prejuízos com a morte das lagartas. Adapar vai apurar as causas.

Reportagem divulgada pelo jornal Gazeta do Povo (26/03/2015) mostrou que, em Tuneiras do Oeste, na região Noroeste do Paraná, milhares de lagartas de bicho-da-seda morreram neste ciclo por causa da aplicação de um defensivo agrícola em uma lavoura de milho na região. Segundo a matéria, os sericultores perderam 50 caixas utilizadas para a criação, cada uma com 35 mil lagartas (1,7 milhão, no total).

O produtor Anderson Val conta que  o pai perdeu uma caixa de lagartas na propriedade, a 20 quilômetros de onde ocorreu a aplicação de defensivo. Porém, ele afirma que não tem certeza de que foi esse o motivo da perda. “A gente não pode afirmar que foi por causa da aplicação de defensivo porque ainda não fizemos uma análise”.

No Sítio São João, a cinco quilômetros da lavoura de milho, a sericultora Valéria Carolina da Cruz perdeu todas as lagartas: cinco caixas. No último dia 12 de março, ela comprou as caixas e as lagartas começaram a morrer no dia seguinte. Após quatro dias, todas morreram. O prejuízo foi de R$ 7 mil e o receio da produtora é que as amoreiras (as folhas são utilizadas para alimentação das lagartas) estejam contaminadas. “Compramos uma nova caixa nesta semana e 1 % das lagartas já morreu”, contou.

Outro produtor que também teve prejuízos foi Vicente Secco. Na propriedade, próximo ao sítio de Valéria, ele perdeu 60% da produção. Hoje ele produz uma média de 440 quilos de casulo num ciclo que dura 28 dias.

Ao Boletim Informativo, o agrônomo Adriano Riesemberg, diretor da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), lembrou que a cultura do  bicho-da-seda é muito sensível e seus produtores, naquela região, estão praticamente sitiados por culturas de grãos e cana-de-açucar. “A Adapar vai avaliar esse episódio e verificar se realmente o produtor que supostamente causou o problema fez a aplicação de defensivo de acordo com as normas”. Se houve à deriva (contaminação de propriedade vizinha) pela aplicação de defensivos, o produtor será autuado, segundo Riesemberg.

Ouça o áudio do produtor Anderson Val abaixo:

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