Sistema FAEP

SENAR-PR encerra Encontro de Instrutores

Profissionais que levam conhecimento ao campo realizaram a troca de experiências em evento promovido em Curitiba

A estrada que leva ao conhecimento é uma via de duas mãos. No caso do SENAR-PR, de um lado os instrutores levam informação técnica para que produtores e trabalhadores rurais possam desenvolver suas competências profissionais. Do outro lado, os participantes dos cursos levam aos profissionais um retrato da realidade, necessidades e dificuldades, ajudando a construir um quadro mais próximo da realidade daquela região. Isso acaba repercutindo positivamente na elaboração de futuros eventos.

Essa lógica de troca de conhecimentos deu o tom do Encontro de Instrutores SENAR-PR 2019, realizado em Curitiba, entre final de julho e início de agosto. Dividido em quatro, os eventos reuniram instrutores do SENAR-PR de todas as regiões do Estado, com o objetivo de discutir e alinhar o modelo de formação profissional desenvolvido pela instituição, contribuindo para que a sua proposta esteja de acordo com a realidade do campo.

Em todos os encontros, Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, destacou a importância dos instrutores na construção de uma agropecuária moderna e competitiva, a exemplo da que temos hoje no Paraná. “Vocês fazem parte do exército da produção rural, atuam na linha de frente para a capacitação do produtor. Então temos que trabalhar integrados”.

Ainda segundo o dirigente, os instrutores têm papel fundamental na construção do futuro do campo. “Por meio dos programas do SENAR-PR teremos, em breve, uma geração mais crítica assumindo a liderança do setor rural nos municípios”, afirmou.

Ao longo de cada dia de evento, a programação contou com palestras na parte da manhã, que trataram da importância de metodologia nas estratégias do SENAR-PR, e, na parte da tarde, atividades buscando maior integração entre os agentes da instituição.

Para o gerente do Departamento Técnico do SENAR-PR, Arthur Piazza Bergamini, os encontros tiveram dois objetivos principais: “primeiro dizer o que nós esperamos dos instrutores e, segundo, colher boas sugestões de práticas institucionais de ensino”.

Participação

Há 15 anos atuando nos quadros do SENAR-PR, o instrutor Mário Natário Filho aprovou o modelo do evento. “Sempre houve encontros para atualização, mas neste modelo é a primeira vez. Isso é fundamental, pois precisamos falar todos a mesma língua”, avalia. Para chegar a Curitiba, Natário encarou uma viagem de 11 horas da cidade de São Jorge do Patrocínio, mas o esforço valeu à pena. “Rever os companheiros, ver o que há de novo, trocar informações, isso é renovador”, conta o profissional que ministra cursos na área de artesanato.

Na sua visão, a estratégia do Encontro de Instrutores é importante, uma vez que o papel do SENAR-PR vai além de transformar os profissionais individualmente. “Você não trabalha só aquele conteúdo do curso, mas a comunidade como um todo, integra as pessoas, afinal, o objetivo é melhorar a qualidade de vida deles”, observa.

A algumas cadeiras de distância, o instrutor Everton Debertolis, de Matelândia, na região Oeste, viu no evento o mesmo sentimento do qual o pai, também instrutor, falava nos primeiros anos de atuação pela instituição. “Meu pai conta que, na época, como tinha menos gente, o contato era mais próximo, como uma família mesmo”, diz a segunda geração de instrutores do SENAR-PR.

Instrutor na área de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Aplicação de Agrotóxicos, Debertolis está nos quadros do SENAR-PR desde 2011. Mas esta foi a primeira vez que participou de um evento neste formato. “Aqui, a ideia é integrar as partes, ter uma união maior. Isso é muito bom”, conclui.

Ineditismo

Há 15 anos atuando como instrutor do SENAR-PR, ministrando diversos cursos na área de bovinocultura de leite, Luís Antônio Lanzarini, de Santo Antônio do Sudoeste, nunca havia participado de um evento com esta proposta. “É a primeira vez que que nos reunimos para conhecer a fundo a instituição”, conta.

Também a instrutora da área de agricultura orgânica há mais de uma década, Vivieny Visbiski achou a proposta positiva. “A troca de experiências é muito intensa. Estamos acostumados a falar com os colegas que ministram cursos na mesma área. No evento, tivemos contato com instrutores de outras áreas. Isso é muito rico”, avalia.

Segundo o supervisor da regional de Campo Mourão, Josiel do Nascimento, os resultados desta integração não tardaram a aparecer. “Logo depois do primeiro encontro, alguns instrutores já vieram propor ideias. Já dá para notar uma mudança de comportamento”, avalia.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

 

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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