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SENAR-PR é pioneiro na capacitação em meliponicultura

Atividade se destaca pelo baixo custo de manutenção e alto valor agregado ao mel

A criação de meliponídeos, popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão, nativas ou indígenas, vem chamando a atenção dos produtores paranaenses. Desde 2004, o SENAR-PR realiza um trabalho de incentivo à atividade, em que se destaca pelo pioneirismo na oferta de cursos de meliponicultura. Além de diversificar o trabalho de muitos que, até então, eram apenas apicultores, a criação de abelhas sem ferrão pode ser feita em uma pequena área da propriedade, o que permite fácil acesso à atividade.

Segundo o instrutor do SENAR-PR Cesar Ronconi de Oliveira, a procura pelo curso tem crescido devido ao baixo investimento inicial e ao mel diferenciado. “A apicultura exige mais equipamentos, diferente da criação de abelha melípona, que não precisa de macacão e pode ser feita em casa. A espécie é muito dócil”, explica. No curso, são abordados tópicos como a anatomia do animal, comportamento e multiplicação do enxame. “A meliponicultura é mais acessível, mas a abelha é muito delicada em seu manuseio e é preciso se atentar a alguns cuidados”, observa.

O alto valor agregado ao produto também atrai os produtores. O mel de meliponídeos pode custar até quatro vezes mais que o mel de apis (abelhas com ferrão). O preço médio com ferrão é R$ 30 o quilo, enquanto a versão sem pode atingir até R$ 120 o quilo. “Tem mais valor porque, enquanto essa abelha produz geralmente um quilo de mel por ano, uma caixa de apis produz de 30 a 35 quilos de mel”, relata. Com sabor e odor marcantes, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão possui propriedades nutritivas e medicinais, além de baixo teor de açúcar.

O produtor Salomão Reindaki Saraiva, de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), fez o curso de meliponicultura do SENAR-PR. Com os conhecimentos, Saraiva está no processo de implementação da atividade. “No começo, eu achava que a meliponicultura seria complicada e tinha pensado em ter criação de apis. Mas como minha neta é alérgica à picada de abelha, mudei de ideia e resolvi buscar mais informações”, conta. O produtor já começou a montar o material para criação das espécies mandaçaia, tubuna e jataí.

A primeira ideia era a criação de abelhas para auxiliar na polinização da viticultura que Saraiva pretende ter na propriedade. Porém, após a capacitação, “abriu-se um leque de possibilidades”. “Eu aprendi muita coisa, sobre instalação de meliponário, divisão de colmeia, colocação das abelhas, pasteurização do mel. O curso mudou minha visão. Foi um aprendizado que eu não esperava. A qualidade é espetacular”, reconhece. Agora, o produtor também tem planos de investir na produção e comercialização do mel.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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