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Sem regulamentação definitiva, refúgio terá orientação técnica, diz ministro Neri Geller

Neri Geller avaliou que normatização da prática no Brasil deve demorar um pouco mais

Diante da demora em fechar uma normativa regulatória da adoção da técnica do refúgio no Brasil, o Ministério da Agricultura resolveu publicar uma “orientação técnica” sobre o assunto. Foi o que afirmou neste sábado (18/10) o ministro da Agricultura, Neri Geller.

Segundo o ministro, a decisão foi tomada depois de uma reunião com representantes do setor há 15 dias. “Ela reconhece a necessidade do refúgio, com respaldo jurídico para algumas ações”, garantiu o ministro sem detalhar o conteúdo.

A técnica do refúgio consiste em plantar parte da área de lavouras transgênicas com sementes convencionais. A intenção é evitar que as pragas que atacam os grãos modificados criem resistência às tecnologias que são aplicadas no campo, especialmente a Bt.

As empresas que oferecem a tecnologia têm suas próprias orientações de utilização do refúgio. Uma regulamentação definitiva vem sendo discutida entre empresas, pesquisadores, representantes do setor produtivo e o governo, ainda sem conclusão.

No final de setembro, ao participar de reunião com representantes da indústria de máquinas e implementos agrícolas em São Paulo, Neri Geller chegou a cogitar a possibilidade de um “canetaço”. Mas neste sábado, disse que essa definição está um pouco mais “melindrosa” e reconheceu que “ainda vai demorar um pouco mais”.

“Nós precisamos definir isso para que a gente possa fazer algo que seja certo para os dois lados: produtor e indústria”, disse, em entrevista por telefone a Globo Rural.

O que já está criado é o Grupo Técnico de Manejo de Resistências (GTMR), responsável pelo monitoramento da prática do refúgio. O colegiado reúne pesquisadores, produtores e representantes de empresas de tecnologia, sob coordenação da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA/Mapa).

“O grupo de trabalho vai monitorar a aplicação. É importante que se faça o refúgio”, ressaltou Neri Geller.

Fonte: Globo Rural – 20/10/2014

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