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Seguradora agrícola espera quintuplicar captação no Brasil

Markel vendeu a primeira apólice no país em agosto de 2017, captou R$ 12 milhões no ano passado e para 2018 projeta R$ 70 milhões

Especializada em seguro agrícola, a Markel espera encerrar esse ano com a captação de cerca de R$ 70 milhões em prêmios no seu primeiro ano cheio de operações no Brasil. De matriz americana, a empresa chegou ao mercado brasileiro no início de 2017, mas só recebeu autorização para comercializar seus produtos em julho. A venda da primeira apólice foi feita em agosto. De lá até o fim do ano passado, os prêmios somaram R$ 12,2 milhões.

O presidente da Markel no Brasil, Leonardo Paixão, reconhece que o cenário neste ano é de incerteza política e econômica. As eleições e discussões como a do preço mínimo do frete refletem nas expectativas do agronegócio. Ainda assim, ele acredita na manutenção do ritmo de crescimento da seguradora, que considera rápido e comum para uma companhia ainda nova no mercado nacional.

“É difícil estimar porque o mercado é muito dinâmico. E há variáveis importantes para o produtor que ainda estão em aberto, mas esperamos crescer algo como cinco vezes. A empresa tem 90 anos, mas, no Brasil, ainda é uma startup: cresce rápido sobre uma base pequena”, diz ele.

No primeiro semestre, a Markel Seguros faturou R$ 28 milhões em prêmios. A empresa tem como principal aposta o que chama de apólices customizadas. Leonardo Paixão explica que esse tipo de contrato leva em consideração as informações individualizadas do segurado.

“O seguro é mais adequado à realidade dele, não do lugar onde está. Quando o produtor tem índice de produtividade maior que a média do município, faz diferença na apólice utilizar o dado dele”, explica o executivo.

Em 2018, a seguradora começou a operar dentro dos programas de subvenção ao seguro rural federal e dos Estados de São Paulo e Paraná. Nos primeiros seis meses deste ano, isso representou 30% dos negócios da Markel no Brasil. Leonardo Paixão considera importante, mas garante que não é a que determina os resultados da empresa.

“Hoje, não é o que explica o crescimento. Não ter a subvenção atrapalha, mas ter apenas nos coloca no mesmo nível de competitividade das outras empresas. É um fator importante para o produtor ao decidir fazer o seguro”, afirma o presidente da Markel.

Atualmente, a seguradora oferece apólices para as culturas de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, sorgo e trigo. O portfólio inclui coberturas de custo de produção e produtividade. Há planos de estruturação e oferta de produtos com foco no custeio e no faturamento.

Fonte: Revista Globo Rural.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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