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Secretário confirma fim da soja safrinha para 1º de janeiro de 2017

Prática favorece o aparecimento de doenças como a ferrugem asiática

O uso descontrolado de fungicidas nas lavouras de soja – com aplicações ainda mais constantes durante a soja safrinha, o que diminui a eficiência dos produtos – levou o Estado a tomar uma medida drástica a partir da safra 2016/17. O secretário da agricultura, Norberto Ortigara, confirmou ontem, durante o evento da Embrapa Soja, que a partir de 1º de janeiro de 2017 não quer mais nenhum pé de soja sendo plantado no Estado para a segunda safra.

Ortigara lembrou que na semana passada houve uma audiência pública na Assembleia Legislativa e, na última segunda-feira, uma reunião do conselho administração da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para discutir o assunto. “Foi uma conversa pesada. Pela nossa vontade coletiva, já proibiríamos o plantio de soja para janeiro de 2016. Mas tendo em vista que muita gente travou negócios, dado ao preço alto da commodity e outros já compraram insumos, a proibição da segunda safra de soja ficará para 1º de janeiro de 2017, provavelmente com portaria da Adapar saindo ainda esta semana”.

Ortigara lembrou que hoje o Estado mantém plantas vivas de soja praticamente até junho, o que faz com que os fungos criem resistência e os produtos disponíveis no mercado vão perdendo eficiência ano após ano. “Como não temos nenhuma molécula sendo produzida pela indústria para evitar essa situação, é prudente reduzir o tempo de plantas vivas no ambiente paranaense para não termos o fungo o tempo todo em nosso meio”.

Para os agricultores do Sudoeste do Estado, que não têm alternativas para a soja safrinha (já que o milho não é viável), o secretário prometeu que a Seab auxiliará na busca de outras alternativas, especialmente na área de leite, “fazendo silagem, forragem, e assim aproveitando o solo para melhorar o desempenho da cadeia na região”.

Fonte: Folha de Londrina

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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