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Safra de soja deve ser semelhante à do ano passado no Brasil, diz consultoria

Expectativa inicial é de que a produtividade seja menor, mas com incremento de 2,3% na área semeada com a oleaginosa, os números finais serão maiores que as da temporada anterior

A consultoria Safras & Mercado lançou nesta sexta-feira, dia 13, sua primeira estimativa para a safra de soja 2018/2019 do Brasil. O número é parecido com o colhido na temporada anterior, algo em torno de 119,7 milhões de toneladas. Mato Grosso segue como maior produtor nacional e os maiores crescimentos em quantidade colhida seriam o Rio Grande do Sul e o Maranhão.

Antes de mais nada, é válido lembrar que esta estimativa mudará durante a safra e, por enquanto, leva em consideração apenas a expectativa de plantio. Na safra passada, a consultoria Safras & Mercado já antecipava a estimativa de safra de 119 milhões de toneladas, ainda em outubro de 2017, enquanto outras empresas trabalhavam com números inferiores, na casa de 113 milhões de toneladas. Em seu 10º levantamento, divulgado na última quarta-feira, dia 11, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revisou para cima a safra 2017/2018 e os números finais devem ser de 119 milhões de toneladas mesmo.

“Nesta nova temporada, notamos mais uma vez um quadro bastante favorável ao cultivo da oleaginosa. As grandes produtividades registradas em todo o país na temporada 2017/2018 aliadas à elevação dos preços praticados ao longo de todo o ano de 2018 culminaram na manutenção de uma margem razoável para os produtores, mesmo com o crescimento dos custos de produção”, diz Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado.

Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 36 milhões de hectares em 2018/2019, a maior área da história, crescendo 2,3% sobre o total semeado no ano passado, de 35,824 milhões.

Com uma possível redução de produtividade, de 3.409 quilos para 3.344 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar um pouco acima da obtida nesta temporada. A previsão inicial é de uma safra de 119,787 milhões de toneladas, 0,3% maior que o recorde de 119,419 milhões obtido neste ano.

“Em termos de produtividades, nossos primeiros números naturalmente indicam rendimentos médios inferiores aos da última safra, que foi praticamente perfeita em todo o país. Nada impede a repetição destas grandes produtividades, mas para o isso o clima deverá ser novamente muito favorável. Alertamos para a possibilidade crescente do fenômeno El Niño ser confirmado no verão sul-americano”, alerta.

A forte alta do dólar e os problemas recentes envolvendo os fretes no Brasil são fatores que inicialmente impedem uma expansão ainda maior da área de soja nesta nova temporada. “Neste primeiro momento, nota-se uma grande incerteza em torno destes fatores fundamentais, o que traz insegurança para a decisão produtor. Aliado a isso, a recuperação dos preços do milho nos últimos meses também deve impedir um maior avanço da área de soja”, afirma

Segundo o analista, diferente do ano passado, não deverá ocorrer grandes transferências de áreas do milho para a oleaginosa, em decorrência da boa remuneração do milho. Desta forma, a expansão da área de soja se dará por aberturas de novas áreas em todo o país. Nesta linha, destaque novamente para o Norte/Nordeste do país, que novamente deve ter o maior aumento percentual de área.

Fonte: Foco Rural.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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