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Safra cheia no trigo do Paraná

Até quinta-feira (19/08) apenas 2% do trigo paranaense havia sido colhido. Na região norte, principalmente em Londrina, Apucarana, Cornélio Procópio e Jacarezinho, as colheitadeiras já estão entrando no campo. Até o final do mês a previsão é de que quase 20% das lavouras do cereal tenham sido colhidas. As expectativas para esta temporada são bastante positivas se comparada com o ano passado, quando o excesso de chuva atrapalhou o desempenho da safra. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), mesmo com a redução da área plantada, a produção deverá somar 3,1 milhões de toneladas, se as condições meteorológicas permanecerem favoráveis nos próximos meses.

Umidade – ”Ainda há preocupação com a umidade, mas a previsão é favorável”, afirma Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral. A produção, segundo ela, deverá ser 15% maior que 2009, ano em que o volume colhido chegou a 2,7 milhões de toneladas. A área plantada, por sua vez, caiu 1,3 milhão de hectare para 1,1 milhão da safra passada para esta, redução de 13%.

Produtividade – Quanto à produtividade, a previsão é de 2,7 mil quilos/hectare contra os 2,5 mil quilos do ano passado. ”Em algumas áreas do sul do Estado a produtividade chega facilmente aos 3,3 mil quilos por hectare”, conta a engenheira. Conforme informações do Deral, este ano a consolidação da produção está bastante dependente do tempo porque, desmotivados pela dificuldade de comercialização do trigo colhido em 2009 e pelas perspectivas negativas de preços para 2010, complementado pelo preço mínimo de garantia, anunciada no final de junho, muitos produtores estão usando o mínimo indispensável de insumos.

Mandado de segurança – Até o final da tarde da última quinta-feira a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) ainda não havia tido resposta em relação ao mandado de segurança impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) semanas atrás. Com a medida, a federação tenta reverter a decisão do governo federal de reduzir o preço mínimo do trigo. A ação teve como base o decreto lei 79/1966, que instituiu normas e prazos para a fixação de preços mínimos. No caso do trigo, os novos valores deveriam ter sido estabelecidos com 60 dias de antecendência do início do plantio, que no Paraná foi em 11 de março, e não quando os produtores já haviam plantado o cereal.

Fonte: Folha Rural / Folha de Londrina

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