Sistema FAEP

Remodelação do mercado eleva patamar de exigência de mão de obra do agronegócio

Empresas têm no SENAR-PR a possibilidade de qualificar suas demandas operacionais e estratégicas

Os números não enganam. A crise, que começou no final de 2014 e não dá sinais de cansaço, fez disparar o desemprego no Brasil. Em 2015, mais de 1,5 milhão de vagas foram fechadas, pior resultado em 24 anos, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. A situação permaneceu a mesma ao longo do primeiro semestre deste ano. A taxa segue elevada, reflexo da forte deterioração do mercado de trabalho.

Na contramão, o agronegócio é o único setor da economia que gerou empregos no ano passado. No Paraná, o setor também teve um resultado satisfatório, com mais de três mil vagas criadas em 2015. Neste universo, o mercado altamente exigente, que a cada dia é colocado à prova pelos consumidores, requer mão de obra extremamente qualificada. Para atender as expectativas de um mercado cada vez mais exigente e a tecnificação dos processos, as empresas do agronegócio buscam profissionais qualificados.

“Diferente de outros setores, o perfil do profissional do agronegócio mudou a passos largos. Um empregado da indústria, por exemplo, de 10 anos atrás e de hoje, acompanhou as mudanças comuns, como toda a sociedade. No agronegócio, tanto no nível de gestão como o colaborador, essa mudança foi mais drástica. A tecnologia do campo aumentou muito”, sentencia Amir El-Kouba, coordenador e professor de programas in company da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e docente da Funda- ção Getúlio Vargas. “A evolução das pessoas que atuam no agro é mais intensa em relação a outros setores. A necessidade de uma capacitação é bem maior”, complementa.

Esse avanço no campo tem exigido que a qualificação seja um preceito básico para quem quer se colocar no mercado de trabalho. Atualmente, a maior parte deste processo de capacitação tem origem nas próprias empresas do setor, diante do desafio de preparar os colaboradores para acompanharem os avanços tecnológicos e dos processos de produção. “Muitas empresas do agro investem em desenvolvimento. Eu diria, inclusive, que elas estão se ocupando do papel mais que as instituições acadêmicas”, ressalta El-Kouba.

Desafio estratégico

No Paraná, as soluções para os desafios de formação e capacitação do agronegócio passam pelo SENAR-PR. Há mais de 20 anos, a entidade desenvolve a sua expertise na organização e execução de programas e cursos na área de Formação Profissional Rural e Promoção Social. O SENAR-PR alavancou e disponibilizou uma gama de cursos aos produtores rurais. Hoje são mais de 260 títulos desenvolvidos nas mais variadas áreas como agricultura, pecuária, silvicultura, suinocultura, grãos, avicultura, entre outras, sempre por meio de parcerias.

A Brasil Foods (BRF), resultado da fusão de Sadia e Perdigão, é uma das empresas que bateu a porta do SENAR-PR. Há alguns anos, a companhia identificou um problema de sustentabilidade no negócio em função da dificuldade de manter os profissionais nas granjas. Como o turnover (termo que significa “renovação”) de funcionários era muito grande, em média a cada seis meses, o padrão de qualidade oscilava bastante.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo da FAEP.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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