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R$ 115 bi para o campo

Para tentar dar um impulso à economia, o governo vai investir também no campo. A presidente Dilma Rousseff divulga amanhã o Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, que prevê a liberação aos produtores rurais de R$ 115,2 bilhões, 7,2% a mais do que em 2011. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) terá de fazer um esforço grande de execução. No ano passado, dos R$ 107,5 bilhões disponibilizados em crédito, foram utilizados apenas R$ 94 bilhões. A presidente anunciará ainda um corte nas taxas de juros dos financiamentos, de 6,25% ao ano para 5,5% ao ano.

Na próxima semana, Dilma anunciará ainda a elevação nos recursos destinados aos pequenos produtores. No ano passado, eles receberam R$ 16 bilhões. Agora, serão concedidos R$ 18 bilhões. As taxas cairão a menos da metade. Atualmente, em 4,5% ao ano, elas passarão a ser de 2% ao ano. O pacote para impulsionar o desenvolvimento rural e, de quebra, dar uma força à indústria nacional, inclui ainda o investimento em máquinas agrícolas para serem doadas aos municípios com até 50 mil habitantes e com uma população composta por, no mínimo, 90% de pequenos agricultores.

Segundo informou o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o governo fará uma licitação de R$ 1,29 bilhão para a compra de 3.591 retroescavadeiras e 1.300 motoniveladoras. As máquinas serão compradas usando a margem de preferência, por meio da qual o governo poderá pagar preços até 18% maiores nas retroescavadeiras e 10% nas motoniveladoras nacionais.

Nos financiamentos que serão anunciados amanhã pela presidente, haverá linhas destinadas à aquisição de maquinário. E também a extensão do acesso ao seguro rural e à garantia de renda, devido à seca que atingiu este ano não apenas o Nordeste como o Sul do país. Outros setores beneficiados com taxas especiais serão o de cooperativas, de bovinocultura, suinocultura, caprinocultura e de corte de leite.(MM)

» Sem efeito

As medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo este ano ainda não renderam qualquer efeito favorável à produção nacional de aço, que chegou a 17,2 milhões de toneladas no primeiro semestre, 3,4% menos que igual período de 2011. A expectativa do setor, contudo, é que 2012 feche com ligeiro aumento nos volumes produzidos, graças à alta do dólar e aos primeiros reflexos da suspensão dos incentivos de estados à importação de produtos siderúrgicos, com a derrubada da chamada guerra fiscal dos portos. "Devemos fechar o ano um pouco melhor que o ano passado, produzido 2,2% mais, chegando a 36 milhões de toneladas", disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, ontem, durante a abertura do congresso nacional do setor, na capital paulista.

Clipping do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP –

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