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Queijos puxam valorização do valor de referência do leite no Paraná

Valor de referência projetado para novembro teve alta de 1,96%, conforme análise do Conseleite

Os queijos muçarela, provolone e o prato puxaram a valorização do preço de referência do leite nas duas primeiras semanas de novembro, no Paraná. Ambos os derivados vêm ganhando preço desde setembro e a partir de outubro tiveram alta acentuada. A variação positiva desses produtos compensou a desvalorização observada entre os derivados líquidos, como o UHT o leite pasteurizado e a bebida láctea.

O cenário foi apresentado ao longo de reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite Paraná), realizado nesta terça-feira (19), na sede do Sistema FAEP, em Curitiba. O colegiado aprovou a projeção do valor de referência de R$ 1,2366 para o leite padrão entregue em novembro a ser pago em dezembro – o que representa uma alta de 1,96%.

O muçarela é o derivado que mais teve peso na formação de preço, respondendo por 48% do mix de comercialização das indústrias lácteas que fazem parte do Conseleite. O queijo prato também teve participação expressiva, representando 5% do total de produtos vendidos pela indústria. “O queijo muçarela teve alta média de pouco mais de R$ 1 em um período de 45 dias, o que é muito significativo para este derivado”, observou o professor José Roberto Canziani, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na avaliação de Canziani, esta alta pode estar relaciona a uma preocupação quanto a evolução da produção no campo.

Os preços do doce de leite, leite em pó e do iogurte, por sua vez, tiveram comportamento semelhante, mantendo-se praticamente estáveis desde junho. Entre os derivados líquidos, o leite pasteurizado vem em leve queda, enquanto o UHT acumula três quedas consecutivas – em setembro, outubro e no primeiro decêndio de novembro.

O preço de referência é calculado a partir dos preços de venda dos produtos por parte das indústrias que fazem parte do Conseleite-PR. O objetivo é que se chegue a um valor justo e com transparência – de acordo com a realidade do mercado – e que sirva de base para remuneração do produto no Estado. Para isso, pesquisadores da UFPR criaram uma metodologia para o cálculo, levando em conta índices oficiais e valores praticados pelo mercado atacado do Paraná. Mais informações em www.conseleitepr.com.br.

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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