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Qualificação faz ovinocultura viver momento de expansão no Norte do PR

Produtores buscam profissionalização e investem em matrizes de qualidade e genética de ponta para elevar setor a novo patamar

O melhoramento genético, a profissionalização dos criadores e a maior procura da carne de carneiro são alguns dos fatores que levam a ovinocultura da região de Maringá a viver o melhor momento. O plantel dobrou, nos últimos 10 anos; pelo menos, seis novas raças estão sendo introduzidas no rebanho regional; e aumentou o número de criadores na atividade.

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Para o diretor de Eventos do Núcleo de Criadores de Ovinos da Região de Maringá (Ovinomar), economista Fernando Marcos Urgniani, um retrato claro da boa situação da ovinocultura está sendo a comercialização de animais, durante a 46ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá. Nos três primeiros dias da Expoingá 2018, mais de 100 ovelhas e carneiros foram vendidos, número que superou as vendas de todos os dias das duas edições anteriores do evento.

“Na época em que se começou a falar em carneiros na região, o interesse do consumidor era pequeno. Primeiro, porque havia muito preconceito com relação à carne de ovinos; segundo, porque boa parte dos criadores não dominava a tecnologia, não sabia ainda como fazer um bom manejo e muitas vezes o animal era abatido com idade avançada, o que deixava a carne pouco palatável”, afirma Urgniani.

Segundo ele, nos últimos anos a situação mudou porque o criador entendeu que estava na hora de se profissionalizar, buscando matrizes de qualidade e investindo em genética. “Hoje, temos a profissionalização da cadeia completa, com criadores que produzem, engordam e encaminham para o abate”, explica. Completando a cadeia, atualmente, a região conta com um abatedouro, em Floraí, e uma sala de corte está sendo instalada em Maringá, acabando com os chamados “abates de fundo de quintal”.

“Além disto, agora, a criação paranaense conta com uma das genéticas mais avançadas do Brasil e o produtor não depende mais de buscar material em outros Estados”, ressalta Urgniani.

Outro fator que contribui é a chegada de novas raças, muitas delas voltadas para a produção de carne, como a Suffolk,também conhecida como Cara Negra, que atinge 80 quilos em 22 meses e oferece um rendimento de 65% de carcaça.Outras raças que estão sendo introduzidas no rebanho regional com grande aceitação são a Corridale, Crioula, Bergamácia, Laucane e Hampshire Down, todas bastante conhecidas em outras regiões brasileiras.

As raças que já vinham sendo criadas na região nos últimos 15 anos, como a Dorper, Dorper White, Santa Inês, Ile de France e Poll Dorset estão sendo aprimoradas pelos investimentos em genética.

Fonte: O Diário

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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