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Qualidade das sementes de soja está pior na safra 2016/17

Clima ruim do ano passado influenciou negativamente na qualidade do principal insumo

O início de toda safra de soja gera uma grande expectativa e nesse ponto é costume se referir à safra passada como um ponto de referência para a tomada de decisões. Normal se observar os aspectos positivos e negativos que influíram no rendimento da soja na safra anterior para não se repetir os erros e também para se aprimorar o que deu certo. Na temporada passada, duas ocorrências iniciais influenciaram negativamente os rendimentos da soja: o clima e a qualidade das sementes.

Já se sabe que a safra 2016/17 terá condições climáticas melhores que a temporada anterior, quando o país sofreu com o fenômeno El Niño. Este ano a previsão é de um La Niña fraco e que só deve influenciar no clima em meados de 2017, o que representa um clima bom para o desenvolvimento da soja, garantindo boas condições para a germinação.

Porém, a má qualidade das sementes, queixa de vários agricultores na safra anterior e que determinou o replantio em diversas localidades aumentando o custo de produção, nesta safra poderá ter um agravante. Em função das condições climáticas desfavoráveis na safra passada, as sementes colhidas apresentaram uma qualidade ainda pior.

Além do clima, a semente vem demonstrando má qualidade por aspectos fisiológicos. As sementes de variedades de ciclo precoce e de hábito indeterminado têm apresentado problemas de germinação, quando comparadas às de variedades com hábito médio e ciclo determinado.

Algumas sementeiras adicionam um “pó secante” às sementes, que fornece uma condição de maior garantia ao vigor e as outras características desejáveis. Entretanto, sementes com pó secante exigem boas condições de umidade do solo, caso contrário ele vai concorrer pela umidade com a própria semente, que podem ficar sem água.

Um fator que colaborou para a má qualidade das sementes de soja foi às condições de armazenagem nas propriedades. Algumas condições devem ser consideradas nos galpões para preservar qualidade das sementes adquiridas, como não armazenar sementes juntamente com adubos, calcário ou agro químicos, temperatura não deve ultrapassar 25º C e a umidade relativa não deve ultrapassar 70%, entre outros fatores.

A maneira de conhecer a qualidade das sementes é consultar os documentos obrigatórios que atestam a qualidade das sementes, que são o Boletim de Análises de Sementes, o Atestado de Origem Genética, o Certificado de Sementes ou o Termo de Conformidade das Sementes produzidas, que podem ser fornecidos pelo produtor ou comerciante das mesmas.

Fonte: Canal Rural

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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