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Alunos da professora Nilva Graboski posam para foto em frente a memorial da cultura polonesa

Projeto do Agrinho celebra cultura polonesa em São Mateus do Sul

Trabalho desenvolvido pela professora Nilva Graboski promoveu o envolvimento dos alunos com a história da imigração no município, despertando o interesse pelas próprias origens

Em 2021, São Mateus do Sul recebeu o título de Capital da Cultura Polonesa do Paraná. O município, localizado na região Sul do Estado, foi colonizado por poloneses e, mais de um século depois, ainda preserva a tradição deste povo por meio de costumes, danças, músicas, culinária e arquitetura. A influência no desenvolvimento da cidade é tão forte que mais de 80% das famílias em São Mateus do Sul são descendentes de poloneses.

Pensando neste patrimônio histórico e cultural, a professora Nilva Elaine Graboski, da Escola Municipal Professora Ezilda do Amaral Ferreira, desenvolveu um projeto de valorização da cultura polonesa, dentro do Programa Agrinho, com a turma do 4º ano do Ensino Fundamental. O trabalho, realizado ao longo do ano letivo de 2023, resgata a história de São Mateus do Sul com os imigrantes e restaura o conhecimento dos alunos sobre a própria origem.

No projeto, chamado “Imigração Polonesa: tecendo memórias, transformando o futuro!”, os alunos se envolveram em diversas atividades artísticas, como confecção de livro de poesias, maquetes com a arquitetura local, pinturas – como Pisanki, técnica tradicional de pintura de ovos – e danças. O trabalho também promoveu visitas a pontos turísticos, palestras, oficina de culinária, além de um chá com os familiares, para apresentação do material produzido em sala de aula.

Alunos da professora Nilva Graboski posam para foto dentro de memorial da cultura polonesa

Na avaliação de Nilva, também descendente de poloneses, o trabalho fez com que os alunos e suas famílias se aprofundassem na história da imigração polonesa do município, despertando o interesse pela descoberta de seus antepassados.

No início, identificamos apenas dois alunos na turma com sobrenome polonês. Depois, fomos descobrindo outros com origens polonesas. Fomos atrás das árvores genealógicas, os alunos se desenvolveram na leitura e nas atividades e as famílias participaram bastante.

Nilva Elaine Graboski, professora da Escola Municipal Professora Ezilda do Amaral Ferreira

Durante as atividades do projeto, os alunos produziram dois painéis em Wycinanki, antiga arte popular polonesa feita com recorte de papéis coloridos que formam desenhos. Os painéis foram expostos na escola e na Casa da Memória Padre Bauer, um museu que guarda a história da imigração polonesa e da população são-mateuense.

Segundo a professora, a pandemia modificou o perfil dos alunos, o que vem exigindo uma reestruturação por parte de toda a comunidade escolar. E, dentro deste cenário, os projetos do Agrinho estimulam o desenvolvimento cognitivo e o melhoramento da aprendizagem em sala de aula, principalmente na readaptação escolar.

Professoras e alunos sorriem para foto tirada dentro de sala de aula lotada de crianças

“Os alunos dessa turma, por exemplo, passaram praticamente toda a alfabetização em casa. Então é bastante desafiador. Por isso temos que ser criativos, pensar em um trabalho diferenciado, que desperte a vontade de aprender”, aponta Nilva. “Neste projeto, os alunos foram protagonistas do próprio aprendizado, com participação da comunidade escolar. Um projeto só dá certo se tivermos uma boa rede de apoio”, conclui a professora.

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Concurso Agrinho 2023 seleciona 6 mil trabalhos

Na sua 27ª edição, o Programa Agrinho, desenvolvido pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, selecionou para fase final 6.098 trabalhos para o concurso, dentro das cinco modalidades: Agrinho tradicional, Redação Paraná, Programação, Robótica e Colégio Agrícola. O tema deste ano é “Ações que transformam o mundo”, alinhado com a discussão global em torno do ESG (sigla em inglês para designar sustentabilidade ambiental, social e governança corporativa).

O Agrinho tradicional segue de forma similar aos anos anteriores, com as categorias Desenho Apae e Classe Especial, Desenho para 1º ano do Ensino Fundamental I das redes pública e particular, Redação para Ensino Fundamental I da rede pública, Redação para Ensinos Fundamental I e II da rede particular, Experiência Pedagógica para Apae e redes pública e particular, Relato Escola Agrinho para redes pública e particular, e Relatório Município Agrinho para rede pública.

A cerimônia de premiação do Concurso Agrinho 2023 está marcada para 30 de outubro, com participação dos estudantes vencedores e os respectivos professores.
As demais modalidades, resultado de uma parceria entre o Sistema FAEP/SENAR-PR e a Secretaria da Educação do Paraná (Seed), são destinadas, exclusivamente, aos alunos da rede estadual de ensino. Redação Paraná, Programação e Robótica abrangem os estudantes dos Ensinos Fundamental II e Médio, enquanto a categoria Colégio Agrícola – novidade nesta edição – é voltada a estudantes de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio Profissionalizante Técnico Agrícola/Agropecuário da rede pública do Paraná.

Confira outra iniciativa da professora Nilva Graboski com o Agrinho: “Professora utiliza o ‘mundo Agrinho’ para iniciar o ano letivo”

Bruna Fioroni

Jornalista com formação em UX Writing e UX Design. Tem experiência em produção de reportagens e roteiros, criação de conteúdo multimídia, desenvolvimento de estratégias de comunicação e planejamento de campanhas de marketing, com foco na experiência do usuário. Atualmente faz parte da equipe de Comunicação do Sistema FAEP.

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