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Professora teve alunos premiados em quatro edições seguidas do Agrinho

Sandra Cristina de Oliveira leciona em escolas da região de Arapongas, no Norte. Neste ano, três alunos da professora receberam prêmios

A professora Sandra Cristina de Oliveira é uma entusiasta do Agrinho. Desde que começou a trabalhar com a metodologia e com o material didático do programa, quatro anos atrás, a educadora percebeu que a iniciativa favorecia a abordagem de temas como meio ambiente, responsabilidade social, cidadania e a conexão entre a cidade e o campo. De imediato, o resultado passou a aparecer também na forma de prêmios. Em todas as edições em que participou, Sandra teve alunos laureados. Na festa de premiação da edição 2019, a professora chegou acompanhada de três novos vencedores, que receberiam o prêmio no palco.

Com 20 anos dedicados à sala de aula, Sandra leciona ciências em três colégios estaduais e em uma escola rural, em Arapongas e Sabáudia, no Norte do Paraná. Segundo a professora, a proposta pedagógica do programa estimula e favorece o debate e a abordagem de temas de forma interdisciplinar e transversal, convergindo saberes. Na avaliação dela, os personagens e a identidade visual, assim como a premiação aos melhores trabalhos, servem como incentivo à participação, tanto que o Agrinho faz parte do planejamento das aulas da docente.

“A primeira coisa que eu faço é passar para os alunos a revista do Agrinho. Com o tempo, fui juntando materiais didáticos. Hoje, eu vejo os temas que são tendência para trabalhar em sala. O resultado está sendo cada vez melhor”, disse Sandra. “Vendo os colegas sendo premiados, os outros alunos também se sentem estimulados, se empenham em melhorar cada vez mais”, acrescentou.

O Agrinho fez com que a professora pensasse, também, em atividades extra-sala. Em uma das ocasiões, Sandra levou alunos de um dos colégios estaduais para conhecer a escola rural em que leciona, para que pudessem ter uma ideia da rotina distinta e ver, na prática, a relação entre a cidade e o campo.

Questionada sobre o fato de ter tantos estudantes premiados, a educadora atribui mérito aos próprios alunos, mas não esconde uma ponta de orgulho. “Eles são ótimos, procuram sempre melhorar e se colocam bastante no lugar do outro. Eu fico orgulhosa por este trabalho estar dando certo”, ressaltou.

Premiados

Aluna do 9º ano, Anny Beathriz Chiovetti Mendes, de 14 anos, é uma das pupilas da professora Sandra que ganhou um dos prêmios no Concurso Agrinho 2019. A jovem redigiu um texto em que descreveu o campo como um senhor sábio e a cidade como uma jovem que começava a sua jornada. A partir desta alegoria, a estudante abordou a relação entre as zonas urbana e rural.

“Na história, a cidade vê que precisa do campo, que precisa do que é produzido no campo”, contou Anny, estudante da Escola Júlia Wanderley, em Arapongas. “Eu moro na cidade, mas meus avós vivem no sítio. Eu vou sempre para lá. Então, eu vivo bem essa relação. Eu fiquei muito feliz e realizada com a premiação”, acrescentou.

Outro vencedor é Marcos Felipe Furlan da Silva, aluno do 8º ano do Colégio Hermínia Lupion, em Sabáudia. O garoto centrou sua redação sobre a frase “se o campo não planta, a cidade não janta”. Para o estudante, a experiência o ajudou a definir o que imagina para seu futuro profissional. “Meu pai é agricultor, planta milho e soja. Eu me interesso muito pela atividade e sonho em fazer agronomia. O Agrinho foi um incentivo bem grande”, afirmou.

A narrativa da Ana Carolina Teixeira Vieira, que também cursa o 8º ano, no Colégio Francisco Bastos, em Arapongas, descreve uma menina que vive no futuro – em um mundo devastado, com rios contaminados e atmosfera poluída – e redige uma carta para si mesma, no passado, com um recado: “é preciso cuidar do meio ambiente”. Pela redação, Ana Carolina também foi premiada. “A lição é que precisamos cuidar da natureza, não poluir, não desmatar, não comer tantos alimentos industrializados”, resumiu. “É muito incrível o trabalho que a professora Sandra faz com o Agrinho. Eu fiquei maravilhada e quero fazer cada vez mais”, disse.

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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