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Produtores querem agilidade na liberação de substâncias utilizadas na fabricação de defensivos

Produtores de grãos defenderam ontem (4/10) mais agilidade na liberação do registro de princípios ativos utilizados na fabricação de agroquímicos utilizados no controle da ferrugem asiática, praga que afeta principalmente as lavouras de soja, durante reunião da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Uma das preocupações demonstradas no encontro foi a morosidade do governo em analisar o pedido de registro de novas substâncias. Enquanto não são analisados novos pedidos, agricultores temem pelo crescimento da doença sobre a produção, diante da falta de instrumentos suficientes de combate à praga.

"A demora pode acabar prejudicando, pois a velocidade com que a ferrugem incide sobre a lavoura é muito rápida e ninguém está levando isso em conta", alertou o presidente da comissão, José Mário Schreiner. Entre os princípios ativos mencionados na reunião, estão a picoxistrobina e o tebuconazole, utilizados na fabricação de defensivos agrícolas. Atualmente, a análise do registro passa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)."Precisamos de mais agilidade para não corrermos riscos nas próximas safras", afirmou Schreiner.

Outro tema discutido foi a medição de micotoxinas, substâncias químicas tóxicas que atingem principalmente os cereais que causam a deterioração de alguns alimentos. Os membros da comissão defenderam mais prazo para o início da vigência de uma resolução da Anvisa, em vigor desde janeiro, que define limites para a quantidade de micotoxinas. Segundo Schreiner, os produtores hoje não dispõem de muitos mecanismos para medir o nível destas substâncias encontrado nos alimentos. "Queremos mais tempo para nos adaptar a essa resolução e precisamos de mecanismos para o produtor fazer essa medição. Hoje há poucos laboratórios disponíveis para fazer essa avaliação e o custo sai caro para o produtor", disse.

Fonte: CNA

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