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Produtores paranaenses participam de leilão dos melhores cafés nacionais

Dois produtores paranaenses participam do leilão eletrônico dos melhores cafés do Brasil, que recebe lances pela internet até a próxima segunda-feira (19). Eles foram classificados no Concurso Nacional de Qualidade do Café, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O resultado comprova que o Paraná produz cafés de excelente qualidade, principalmente na categoria natural, onde se destacou como campeão em 2006 e 2009. Entre os planos da Secretaria da Agricultura para fortalecer o setor está a criação de um processo de certificação da produção do Estado.

No concurso da Abic deste ano, o Paraná ficou com o segundo lugar na categoria de café natural, com o produtor Ademir Antonio Rosseto, do sítio Santa Luzia, de Mandaguari, na região Norte. A produtora Shige Kuwano Sera, do sítio Serinha I, de Congoinhas, foi classificada em quarto lugar na categoria cereja descascado.

Os cafés classificados no concurso agora estão disponíveis para serem comprados por meio de leilão eletrônico, com acesso pelo site da Abic (www.abic.com.br). Indústrias, casas de café, restaurantes e os apaixonados por café podem se habilitar para participar do leilão dos melhores cafés do Brasil, cujos lances podem ser enviados até a próxima segunda-feira (19).

As perspectivas são boas para os produtores classificados. A tendência do leilão é pagar em torno de 50% acima das cotações da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Se um café fino, de boa qualidade, está cotado em torno de R$ 500 a saca no mercado, no leilão da Abic os cafés classificados podem sair em torno de R$ 800, calcula Paulo Franzini, secretário executivo da Câmara Setorial do Café da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, que apoia e estimula a produção de café de qualidade em todo o Estado.

Segundo Franzini, mesmo os preços baixos praticados nos últimos 10 anos não tiraram o entusiasmo do produtor em participar do concurso de qualidade do café, que tem etapas regionais, estaduais e por fim a nacional. "Esses últimos 10 anos foram um período em que a produção de café não dava lucro. Ficaram na atividade somente os produtores que se profissionalizaram. São esses os que realmente participam", afirmou.

A atividade tem contado com apoio permanente da Secretaria da Agricultura, inclusive com linhas de crédito especiais para a atividade. A Câmara Setorial incentivou os produtores a acessarem linhas de financiamento para renovação das lavouras e para compras de mudas de café de melhor qualidade.

Para 2012 a Câmara Setorial do Café prevê implantar um trabalho de certificação, de forma a garantir a qualidade do produto do Estado.

A área plantada com café no Paraná está estabilizada em torno de 90 mil hectares e a produção em 2011 deve atingir 1,8 milhão de sacas. "O importante é que os produtores estão renovando a área plantada, o que é um excelente indicativo de que desejam melhorar o potencial de produção e a qualidade de sua lavoura", disse Franzini.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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