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Produtores aproveitam posição geográfica do Paraná para se destacar com cafés especiais

Produção paranaense mira mercado de café gourmet que cresce 15% ao ano. Para conquistar seu espaço, apoio do SENAR-PR e sindicatos rurais foi fundamental

O clima ajudou e a safra de café deste ano vai ser de excelente qualidade no Paraná, o que significa que os frutos amadureceram de maneira mais uniforme na maioria das lavouras, proporcionando um melhor produto final. Com uma área total de 40.800 hectares e 145 mil plantas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), devemos colher entre 1 milhão e 1,1 milhão de sacas de café beneficiado. O parque cafeeiro paranaense é modesto, mas respeitável.

Não é de hoje que a nossa cafeicultura decidiu trocar a quantidade pela qualidade e buscar um diferencial de mercado apostando nos cafés especiais. Para aqueles que desdenham nossas condições geográficas (bons cafés costumam vir de locais altos), respondemos que compensamos nossa baixa altitude pela nossa latitude (o Estado é cortado pelo Trópico de capricórnio) e, pela atitude dos nossos cafeicultores e cafeicultoras, que vem colocando o grão paranaense no mapa internacional dos produtos gourmet.

Na opinião do ex-professor universitário e produtor de café em Ribeirão Claro (Norte Pioneiro), Fábio Scatolin, dois movimentos possibilitaram esse direcionamento. “Do lado do consumo houve uma valorização do café enquanto uma bebida especial. Do lado da produção, com o fim da estatização e a crise do Instituto Brasileiro de Café (IBC), num primeiro momento os produtores ficaram perdidos sem aquele grande comprador, mas depois se percebeu que poderiam sair daquele padrão de exportação”, afirma ao referir-se à produção de café commodity, que não possui valor agregado significativo. No tempo do IBC, não adiantava investir em qualidade, pois não havia maior remuneração por isso. Hoje essa realidade é diferente.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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