Sistema FAEP

Produtor rural não é vilão da falta d´água!

Na terceira matéria da série que visa desmistificar aquelas histórias falaciosas, a verdade sobre o uso consciente da água pelos produtores rurais

Você já ouviu alguém dizendo que o produtor rural é o culpado por usar “zilhões” de litro de água para produzir uma saca de soja, uma espiga de milho ou um quilo de picanha? Pois saiba que quem conta essa história por aí está na verdade espalhando um mito. O agronegócio é uma atividade que depende diretamente da disponibilidade de água. Ter o líquido disponível depende de uma série de cuidados que o produtor precisa cumprir à risca não apenas por causa da legislação ambiental brasileira, que é a mais rigorosa do mundo. Mas também porque cuidar da natureza é garantir água e, por consequência, a própria sobrevivência na atividade.

Ciro Antonio Rosolem, vice-presidente de estudos do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e doutor em agronomia, detalha que a causa dessa impressão de que o agro é o vilão da história é a desinformação. “Muita gente começa a escrever sobre o assunto sem saber como as coisas realmente funcionam, sem saber interpretar resultados da Agência Nacional de Águas. Existe má fé de muitas pessoas que se propõem a escrever algo sem ter o devido conhecimento”, diz.

Sobre a confusão em si, Rosolem explica que há uma diferença básica para entender o motivo de aqueles números fantasiosos ecoarem por aí em algumas páginas de jornal. “Uma planta evapotranspira (perde água por transpiração) milhares de litros de água. Só que esse ‘perder’ água é enviar à atmosfera. Uma água que se aplica via irrigação ou que chove (em condições ideais) em uma lavoura vai: infiltrar, ser absorvida ou evaporada antes de absorvida. Não é uma água gasta, é uma água usada. Dizer que se gasta 15 mil litros de água para fazer picanha e toda essa bobagem, não faz sentido”, revela.

Leia mais sobre o uso consciente da água pelos produtores rurais aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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