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Produção de peixes cresce 10% no Paraná e mercado segue abastecido

Estado possui grande potencial para a exploração da piscicultura, por conta da qualidade das águas e das características favoráveis dos solos

A atividade da piscicultura no Paraná, em 2016, teve um crescimento de 10%, só não aumentando ainda mais sua produção em função das temperaturas baixas registradas no último inverno em todo o Estado. O frio, os largos períodos de tempo nublado e a baixa luminosidade fizeram com que as águas chegassem a registrar índices negativos, atrapalhando a produção das espécies. Mesmo assim a produção abastece todo o Paraná e mantém a comercialização de peixes em estados vizinhos, principalmente Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

“A piscicultura, apesar de ser uma atividade nova no Paraná, se comparada aos outros trabalhos no campo rural, já representa uma importante fonte de produção de alimento e de geração de renda”, afirma o coordenador estadual da aquicultura e pesca do Instituto Emater, Luiz Danilo Muehlmann.

O Paraná possui grande potencial para a exploração da piscicultura, atividade de criação de peixes em instalações adequadas, por conta da grande quantidade e qualidade das águas, das coleções de águas disponíveis em represas e das características favoráveis dos solos. A atividade faz parte do grupo de projetos considerados prioritários pela Secretaria de Estado da Agriculturaá para a promoção do desenvolvimento econômico da região.

O Oeste é o maior polo de criação de peixes no Estado, representando 69% de toda a produção, com atuação em 48 municípios, próximos a Toledo e Cascavel. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), a região é responsável pela produção de 55,5 mil toneladas de peixe por ano, sendo que 96% são de tilápia. Atrás do oeste, está a região norte com 14% da produção e os outros 17% estão divididos entre o sul e noroeste do estado.

Entre as variedades cultivadas em todo Paraná, a tilápia representa 91% de toda a criação e está mais concentrada na região oeste. Já as espécies nativas compreendem 4,7% da produção e estão concentradas em maior número na região norte. Outras espécies cultivadas são as carpas e os bagres que representam 3,5% e 0,8 % da produção, e estão presentes no sul do Paraná.

O cultivo das espécies pode acontecer de diferentes sistemas no Estado, e o que predomina é a criação de peixes em tanques de terra ou em viveiros de terra. Mais de 98% da região oeste utiliza esse método. Outro regime utilizado é o desenvolvimento de peixes em tanques-redes, instalados em barragens, como acontece no Vale do Rio Paranapanema.

RENDA – Segundo técnicos do Deral, a piscicultura permite a obtenção de renda significativa aos produtores que podem utilizar pequenas áreas da propriedade para a criação de peixes. Além disso, a atividade possibilita a sucessão do trabalho rural, ou seja, a inserção de jovens produtores no desenvolvimento da modalidade.

De acordo com Luiz Danilo Muehlmann, da Emater, os trabalhadores podem usufruir de uma renda adensada, ou seja, um bom valor obtido por meio de uma pequena área. “Com a tilápia, por exemplo, o produtor pode tirar o valor líquido de R$ 0,60 a R$ 1 por quilo de peixe. Por isso, a renda depende muito da quantidade e do tamanho da produção de cada piscicultor”, exemplifica.

Atualmente existem diferentes canais de comercialização das espécies no Paraná, no entanto, a mais significativa é a indústria de processamento e o carro-chefe é a produção de filé de tilápia congelado.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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