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Produção agrícola é 34% maior que a capacidade de armazenagem, diz Conab

Cooperativas antecipam investimentos para aproveitar juro baixo e lideram tomada de recursos

Com previsão de uma safra de 208,8 milhões de toneladas neste ciclo, a produção agrícola brasileira sofre com a falta de espaços para guardar a colheita. Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o déficit de capacidade de armazenagem chega a 53,73 milhões de toneladas para os grãos neste ano.

O órgão aponta que o país pode armazenar 155,14 milhões de toneladas, sendo a maior parte concentrada em silos privados. A capacidade de armazenagem da rede pública restringe-se a 2,3 milhões de toneladas, com silos construídos pela antiga Companhia Brasileira de Armazenamento, extinta em 1990.

O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, argumenta que a capacidade de armazenagem não tem que ser igual à produção, porque as culturas são colhidas em meses diferentes. Em regiões com duas ou três safras no ano agrícola, e em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo há superávit de armazéns herdados do auge do ciclo do café, aponta.

No contraponto, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomenda que os países possuam uma capacidade de armazenagem equivalente a 120% da sua produção. No caso brasileiro, isso demandaria 250,56 milhões de toneladas de capacidade, elevando o déficit nacional para 95,42 milhões de toneladas.

Paraná amplia silos em 10% em dois anos

Para aproveitar a oferta de crédito barato com prazo dilatado, as cooperativas do Paraná antecipam investimentos em armazéns. Os projetos das empresas do setor mostram que o Paraná está ampliando sua capacidade de armazenagem em pelo menos 10% entre 2013 e 2015. Atualmente, há abrigo para 27,7 milhões de toneladas de grãos no estado, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento.

Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Or­­ganização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) explica que a criação do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns no último Plano Safra acionou uma demanda reprimida no setor. “O armazém fica pronto muito mais rápido do que uma rodovia ou uma ferrovia”, compara.

A linha de crédito conta com juros de 3,5% ao ano e tem prazo de 15 anos para pagamento. Juntas, as principais cooperativas do estado devem investir mais de R$ 1 bilhão até 2015, em um ritmo bem acima da média histórica do setor, aponta Turra. Clique aqui para ler a matéria completa.

Fonte: Gazeta do Povo

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