Sistema FAEP

Preparo do tabaco garante bons negócios aos produtores

Com apoio do Sistema FAEP, folder e vídeo detalham como deve ser feita a classificação, separação e enfardamento de folhas soltas do produto

Produtores de tabaco do Paraná e de outros Estados estão recebendo materiais com orientação sobre a preparação do produto para a comercialização. A iniciativa é coordenada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), com apoio do Sistema FAEP e de outras entidades do setor, envolvendo conteúdos disponibilizados por meio de um vídeo e um folder.

Os materiais têm o objetivo de divulgar o que preconiza a Instrução Normativa (IN) 10/2007, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estabelece os critérios para classificação e preparação do tabaco para a comercialização. Tanto o vídeo quanto o folder enfatizam o enfardamento do produto em folhas soltas – já que, segundo a publicação, o enfardamento em folhas monocadas “já é histórica e tradicional, sendo praticada há décadas”.

“Os fardos em folhas secas são uma prática mais recente. O produtor tem que se atentar às características desse tipo de enfardamento definidas pela IN do Mapa. São aspectos que podem impactar na remuneração e, acima de tudo, são fundamentais para assegurar a qualidade e a integridade que notabilizam o tabaco brasileiro”, explica o presidente do Sinditabaco, Valmor Thesinv.

“O Sistema FAEP, em parceria com outras entidades do setor, está empenhado em oferecer o máximo de informações ao produtor. Podem parecer informações simples, porém reforçam o cuidado em relação à qualidade do produto”, aponta Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP. “O folder, por exemplo, é um material de fácil leitura e manuseio que traduz a normativa de uma forma simples e não cansativa para o leitor. O vídeo segue a mesma lógica”, acrescenta Bruno Vizioli, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP, que acompanha a cadeia do tabaco.

Terceiro maior produtor do mundo, há mais de três décadas, o Brasil é líder na exportação de tabaco. A produção nacional gira em torno de 750 mil toneladas por ano. Cerca de 95% da produção brasileira se concentra nos Estados da Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Orientações

Ambos os materiais orientam o produtor a fazer a separação das folhas de tabaco, distinguindo as verdes, ardidas e manchadas. Em seguida, deve-se retirar todos os materiais estranhos, como penas, fios de plástico e capim, que estejam entre as folhas. O produto já separado deve ser armazenado em paiol, com as folhas alinhadas e talos para fora da pilha. O material deve ser mantido coberto por pano de algodão, para evitar prejuízos à qualidade do tabaco.

O vídeo e o folder também trazem instruções quanto à preparação dos fardos. O produtor deve utilizar pelo menos cinco fios para amarrar os fardos de 50 quilos – com fios duplos nas extremidades. Outra recomendação é afixar na lateral do fardo um cartão de identificação, que permita a rastreabilidade do produto.

“O folder está sendo distribuído aos 130 mil produtores de tabaco do país. Todos vão receber esse material, para fazer da forma correta. É uma ação de conscientização, que fortalece a cadeia produtiva”, aponta Thesinv. “O produtor precisa ter esse cuidado. Se o material chegar à indústria fora da especificação, com muita umidade e com alto teor de materiais estranhos, a empresa pode se recusar a receber o produto. Aí, o produtor terá que pegar esses fardos e refazê-los. Tudo isso é prejuízo”, acrescenta.

“O Sistema FAEP divulgou e enviou esses materiais para 11 sindicatos rurais [Guamiranga, Imbituva, Ipiranga, Irati, Ivaí, Palmeira, Prudentópolis, Rio Azul, Rio Negro, São Mateus do Sul e Teixeira Soares], em municípios onde o tabaco tem produção mais expressiva. Orientamos que os produtores e técnicos leiam e divulguem o material para que a informação seja democrática e acessível a todos”, reforça Vizioli.

Imprensa

Composto por jornalistas e diagramadores, o Departamento de Comunicação do Sistema FAEP desenvolve a divulgação das ações da entidade. Entre suas tarefas, uma é o relacionamento com a imprensa, incluindo a do setor agropecuário e também os veículos

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