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Preocupação com o clima volta a puxar o preço da soja nos EUA

Preocupações com as condições das lavouras de soja nos Estados Unidos voltaram a impulsionar os preços do grão na Bolsa de Chicago. Ontem, os contratos com vencimento em novembro fecharam em alta de 1,85%, a US$ 16,20 por bushel. Nos últimos 30 dias, acumulam valorização superior a 20%. Esse movimento já começa a preocupar o governo do país.

O secretário de agricultura americano, Tom Vilsack, declarou que a seca nos Estados Unidos agora é a "situação mais séria" dos últimos 25 anos – mais de mil municípios são considerados áreas de desastre. Vilsack pediu medidas rápidas do Congresso para auxiliar os produtores rurais. Em sua avaliação, a seca prejudica principalmente os criadores, que dependem dos grãos usados como ração. O milho, que é o cereal mais comum na alimentação animal, avançou ontem 1,69%. E o trigo, um importante substituto, mas com teor de proteína menor, fechou em alta de 1,70%.

A elevação dos preços internacionais dos grãos vem despertando preocupações também quanto à inflação dos alimentos. O banco de investimentos Barclays alertou ontem que a seca nos Estados Unidos se soma a problemas climáticos também na região do Mar Negro. O fenômeno El Niño é outro fator que coloca investidores em alerta, pois não se sabe exatamente qual será sua intensidade.

Neste contexto, o analista Nick Higgins, do Rabobank, afirmou à agência de notícias Dow Jones que os preços dos grãos continuarão subindo durante a maior parte do ano, mantendo os alimentos em níveis igualmente elevados.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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