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Preço do feijão pode triplicar nos próximos meses, estima Ibrafe

Segundo o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão), nos primeiros dias de setembro, a saca do feijão aumentou 73,91%. Entre os dias 13 e 15 deste mês, por exemplo, a alta foi de mais de 51%.
"Essa valorização irá refletir no bolso do consumidor, que deverá pagar mais pelo quilo do grão nas prateleiras dos supermercados", declarou o presidente do conselho de administração do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders.
Em São Paulo, por exemplo, onde o valor médio do quilo do feijão atingiu R$ 3,74 em agosto (segundo o Dieese), o valor pode chegar a R$ 11,22.

Motivos
A forte valorização no preço do alimento, segundo a entidade, é motivada por vários fatores. Um deles é a diminuição da área plantada, devido ao desestímulo do governo que, no começo do ano, não comprou dos produtores todo o feijão que sobrou na safra passada. Assim, eles resolveram plantar menos, para não correr o risco de ter prejuízos.
"Agora, o clima não tem ajudado: a seca no Nordeste e no interior de São Paulo e o excesso de chuva no sertão da Bahia, no último mês, comprometeram boa parte da safra nacional de feijão", acrescenta o Ibrafe, em nota.

Próximos meses
Em agosto, o valor do feijão medido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que 13 capitais brasileiras registraram queda no preço do feijão no mês, sendo as mais expressivas em Belo Horizonte (-12,44%), Recife (-11,67%) e São Paulo (-0,34%).
Porém, finaliza Lüders, como ainda não há previsão de entrada de feijão em grande volume no País pelo menos nos próximos meses, "qualquer variação negativa nos preços será apenas temporária".

Fonte: Portal do Agronegócio

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