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PR vacina 96,65% do rebanho na campanha contra aftosa

MAPA aponta que 8,84 milhões de animais foram imunizados na segunda etapa

O Paraná conseguiu vacinar 96,65% do seu rebanho de bovinos e bubalinos na segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, que ocorreu em novembro do ano passado. O resultado final da campanha foi divulgado na última semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apontando que 8,84 milhões de cabeças foram vacinadas em todo o Estado. Ao todo, o rebanho paranaense foi estimado em 9,15 milhões de cabeças.

Quando iniciou a campanha, a meta da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) era vacinar 100% do rebanho. O único estado que conseguiu imunizar todos os animais foi o Pará, que vacinou 47,4 mil bovinos. A meta ousada do governo paranaense tem relação direta com o fato de que o Estado busca o status de área livre da doença sem vacinação para conquistar novos mercados. Para que isso ocorra, a Organização de Saúde Animal (OIE), exige um alto índice de imunização, além de muitos outros requisitos que o Paraná ainda terá que cumprir. Mas antes de fazer o pedido à OIE, o Estado precisa do reconhecimento do Mapa.

Inácio Kroetz, presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), afirma que a meta de vacinação foi alcançada. Segundo ele, uma cobertura de vacinação acima de 95% já é considerada excelente. Ele completa que chegar a 100% de cobertura de vacinação é muito difícil porque o rebanho é muito dinâmico, ou seja, nascem e morrem muitos animais em um curto espaço de tempo. Kroetz reforça que o resultado da última campanha anima ainda mais o pedido junto ao Mapa para que o Estado consiga o status de área livre da doença. “Estamos há mais de três anos sem a circulação do vírus”, comemora o presidente.

Para dar entrada com o pedido junto ao Mapa, Kroetz destaca que ainda é necessário fazer alguns ajustes técnicos, como reforçar a fiscalização de entrada e saída de animais nas divisas do Estado e aumentar o corpo técnico da agência. “O nosso objetivo é sanar esses problemas ainda neste primeiro semestre”, pontua Kroetz. Para agilizar o processo junto ao Ministério da Agricultura, o presidente da Adapar observa que há a possibilidade de na próxima campanha de vacinação contra a doença, que ocorrerá em maio, ser obrigatória a vacinação de todo o rebanho. Normalmente, na primeira etapa são vacinados somente animais de até 24 meses.

Mas Kroetz afirma que isso é apenas uma possibilidade, já que o assunto ainda precisa ser discutido junto à sociedade, além de precisar do aval do Mapa. “Também é necessário avaliar os prós e contras dessa decisão. Toda decisão deverá ser compartilhada”, frisa. O presidente da Adapar observa que depois que o Paraná conseguir o status de área livre da doença no Brasil, o Mapa entrará com o pedido junto à OIE para reconhecimento internacional.

Com relação ao resultado da última campanha, Kroetz parabenizou os produtores pelos altos índices de vacinação conquistados nos últimos três anos, que ficaram acima de 90%. Ele destaca que esses números só foram alcançados porque os pecuaristas estão mais conscientes em relação às consequências da febre aftosa.

Outros estados

Mato Grosso, estado que possui o maior rebanho brasileiro com 28,49 milhões de cabeças, conseguiu uma abrangência na segunda campanha de vacinação de 99,61%. No Brasil, de um total de 207,88 milhões de cabeças, 97,84% foram imunizados na segunda etapa.

Fonte: Folha Web – 25/03/3015

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