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PR, SC, e RS: a meca do leite

Estados do Sul criam a Aliança Láctea Sul Brasileira

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A ideia surgiu em Paris durante uma reunião da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e se transformou, provavelmente, no mais importante encontro do setor leiteiro do sul do país. Na sede da FAEP, em Curitiba, ocorreu a 1ª Reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira reunindo todas as instituições que de uma forma ou outra estão vinculadas à cadeia do leite no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os três secretários, o paranaense Norberto Ortigara, o catarinense Airton Spies e o gaúcho Cláudio Fioreze, diretores das federações patronais e dos trabalhadores na agricultura, dos sindicatos da indústria, de defesa animal e de órgãos de extensão avaliaram o perfil desse setor nos estados do Sul. “Essa é uma reunião histórica para produzirmos um leite cada vez melhor”, disse o diretor financeiro da FAEP, João Luiz Rodrigues Biscaia, ao abrir a reunião.

A atividade leiteira envolve em torno de 300 mil produtores na região Sul e responde por 33% da produção nacional (32,3 bilhões de litros de leite), com um volume de 10,7 bilhões de litros do produto em 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). “O objetivo é desenvolver um plano de desenvolvimento integrado com políticas de Estado e parcerias público-privadas para a atividade leiteira no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esses Estados possuem características semelhantes em relação ao clima, solo, à gestão da propriedade, além dos aspectos produtivos, como a profissionalização dos produtores e questões sanitárias”, explicou o vice-presidente do Conseleite, Ronei Volpi. Hoje a produtividade média da região é de 2,5 mil litros de leite/ano.

As lideranças dos três Estados querem transformar a região na maior produtora de leite do país, com capacidade para abastecer o mercado interno e gerar excedentes para exportação. Com isso, a produção de leite seria uma nova geradora de divisas e riquezas para o Brasil. A ideia é aproveitar o crescimento da produção apresentado na região, que foi de 119% no período 2000 a 2012, acima da média nacional, que chegou a 63%, e da Argentina que foi de 16% no mesmo período, para transformar o país num grande exportador de produtos lácteos.

Centro de Inteligência

Durante o encontro, os secretários e diretores identificaram ações conjuntas entre os três Estados e elencaram as prioridades na cadeia produtiva, como a qualidade, sanidade, gestão da propriedade, boas práticas agrícolas e industriais, assistência técnica, formação profissional e política tributária. “A atividade leiteira deve se organizar em três diretrizes: qualidade, sanidade e sustentabilidade”, observou Volpi.

O secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, disse que o leite pode transformar-se cada vez mais no instrumento de melhoria da condição de vida de milhares de famílias rurais. “Bastam, apenas, pequenos avanços nas questões de qualidade, gestão das propriedades, da implementação de boas práticas e de ampliação de assistência técnica. O Paraná quer e precisa disso para fortalecer a cadeia produtiva”, disse.

“A região Sul pode se tornar a meca do leite no país. Estamos no lugar e no momento certo para discutir uma política para reforçar a produção”, avaliou Airton Spies, secretário da Agricultura de Santa Catarina. Para o secretário do Rio Grande do Sul, Cláudio Fioreze, o encontro representa um grande avanço à cadeia produtiva da região Sul. “Devemos concentrar nossos esforços em ações preventivas na qualidade do leite. Podemos formar um Centro de Inteligência do Leite com geração de pesquisa, prospecção e informações para troca de experiências entre os três Estados a exemplo de órgãos semelhantes existentes em grandes regiões produtoras do mundo”, comentou.

As propostas individuais de cada Estado serão apresentadas no dia 5 de agosto durante solenidade de lançamento da Expointer, na cidade de Esteio (RS). O próximo passo, segundo os secretários, será o envolvimento dos governadores, que assinarão uma resolução no âmbito do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) para que as propostas se transformem em políticas públicas de Estado para vários anos e não para um governo, formando a Aliança Láctea Sul Brasileira.

DETI

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