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PR fecha moagem de cana com ligeira alta de 2,3%

Na região Centro-Sul, a retração na moagem da cana foi de 4,42%, para 569,3 milhões de toneladas

O Paraná praticamente encerrou a safra 2014/15 de cana-de-açúcar com a moagem estabilizada em comparativo ao período 2013/14. Apesar dos números do Estado não terem apresentado elevação significativa – justificado pela crise que o setor enfrenta atualmente – eles fecharam superiores às médias da região Centro-Sul, que sentiram a quebra de produção mais significativa no estado de São Paulo.

De acordo com os números da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), a última safra fechou com moagem de 42,9 milhões de toneladas, ligeira alta de 2,3% frente ao período anterior. No que diz respeito à produção de açúcar no Estado, a retração foi significativa: de 3,36 milhões de toneladas para 2,92 milhões, queda exata de 13%. Já o etanol anidro apresentou incremento de 12% (470,7 milhões de litros para 527,3 milhões de litros) e o hidratado de 75%, de 1 bilhão de litros para 1,75 bilhão de litros.

Na região Centro-Sul, a retração na moagem da cana foi de 595,6 milhões de toneladas para 569,3 milhões, queda de 4,42%. Já o açúcar caiu 6,71% (31,9 milhões de toneladas) e o etanol anidro 1,17%, fechando em 10,8 bilhões de litros. Houve incremento em relação ao hidratado de 4,36% (15 bilhões de litros), o que fez com que a produção geral do produto fechasse praticamente estável, com alta de 1,97%. Já no caso de São Paulo, a queda da moagem de cana foi de 7,95% , o açúcar caiu 8,4% e o etanol total fechou no vermelho em 1,2%. O balanço regional foi divulgado pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica).

Apenas o etanol hidratado, quando avaliado tanto em nível estadual – inclusive São Paulo – quanto regional apresentou números positivos no fechamento. Isso é justificado pelo bom momento do produto em dezembro último. “o volume recorde de etanol hidratado comercializado em dezembro confirmou a expectativa de vendas mais elevadas no final do ano. Os proprietários de veículos e motocicletas flex, com ajuda da campanha realizada pela Unica, começaram a perceber que, além das vantagens ambientais e sociais, o hidratado nesse momento também é economicamente vantajoso em relação à gasolina na maior parte do mercado consumidor”, relatou o diretor técnico da entidade, Antônio de Pádua Rodrigues.

Para o presidente da Alcopar, Miguel Tranin, a safra paranaense fechou conforme o estimado, com leves perdas no Norte do Estado devido à estiagem, mas que foram compensadas com boa produtividade na região Sul. “São Paulo acabou passando por uma estiagem mais severa, o que justifica as médias de retração no Centro-Sul”.

Em relação ao futuro da cana, Tranin admite que projeta melhoras em médio ou longo prazo. A expectativa é que aconteça a tributação sobre a gasolina – o que favorece o mercado do etanol hidratado – e também o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 25% para 27%. “Isso abriria um mercado de 1,2 bilhão de litros do produto. Continuaremos solicitando outras intervenções governamentais no setor”, completa ele.

 
Fonte: Folha de Londrina – 28/01/2015

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