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Porto de Paranaguá bate novo recorde de movimentação de cargas

Marca histórica foi alcançada por conta do aumento na movimentação de soja em grão e farelo, fertilizantes, açúcar e granéis líquidos

O Porto de Paranaguá obteve o melhor mês de fevereiro da sua história em 2017. Foram 4,29 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um aumento de 20% em relação ao recorde anterior para o mesmo período, alcançado em 2014, quando 3,58 milhões de toneladas foram operadas pelo porto paranaense. A marca histórica foi alcançada por conta do aumento na movimentação de vários produtos. As operações de soja em grão e farelo, fertilizantes, açúcar e granéis líquidos cresceram no período.

“O Porto de Paranaguá tem mostrado um dinamismo cada vez maior. Realizamos o maior pacote de investimentos da história do porto para capacitá-lo para todos seus usuários, sejam os exportadores do agronegócio e da indústria, seja para os importadores. Isso fica evidente quando batemos um recorde incrementando a movimentação de vários produtos diferentes”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

São R$ 923 milhões em investimentos públicos do governo do Paraná desde 2011 e previstos até 2018. Entre eles, estão a troca dos shiploaders (carregadores de navios), os investimentos em novas balanças, portarias, acesso ao Pátio de Triagem e reforma do cais e berços de atracação.

O Corredor de Exportação, complexo de escoamento de grãos do Porto de Paranaguá, também registrou o melhor mês de fevereiro da sua história. Foram exportadas 1,69 milhão de toneladas, 11% a mais do antigo recorde de 1,51 milhão de toneladas exportadas no ano passado. O crescimento é fruto da alta no escoamento da soja em grão e em farelo. Somados, os dois produtos movimentaram 1,56 milhão de toneladas, um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, o aumento é natural, já que o momento está propício para o mercado exportador de commodities e o Porto de Paranaguá se capacitou para atender as demandas nestes períodos. “Estamos nos mostrando preparados para não só bater este recorde como também para receber um volume ainda maior de cargas nos próximos meses de escoamento da safra, com a mesma agilidade que se tornou uma marca dos Portos do Paraná”, afirma Dividino.

A perspectiva é que, aliando aumento da capacidade de movimentação e o momento do mercado, estes números realmente aumentem nos próximos meses. De acordo com os dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, os volumes de grãos colhidos devem ser superiores aos registrados nas safras anteriores.

A previsão é que a colheita de verão do Paraná chegue a 23,3 milhões de toneladas e, no Brasil, a safra toda deve alcançar a marca de 215 milhões de toneladas. Hoje, o Porto de Paranaguá atende o escoamento dos grãos dos principais estados produtores brasileiros, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, além do próprio Paraná.

Segundo a estimativa de movimentação dos terminais que operam pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, cerca de cinco milhões de toneladas de grãos estão devem ser exportadas pelo porto ao longo dos meses de março, abril e maio, quando o escoamento da safra atinge seu pico.

Movimentação – Além da exportação da soja, o escoamento de açúcar também teve forte crescimento. Foram 177 mil toneladas exportadas ao longo do mês, o que representa um aumento de 41% em relação a fevereiro do ano passado.

Nas importações, os fertilizantes também bateram recorde. A marca de 852 mil toneladas descarregadas no mês foi a melhor da história para o produto, superando o recorde anterior de 747 mil toneladas em fevereiro de 2014.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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