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Plantio de soja volta a atrair a atenção do agricultor

O clima seco registrado nas áreas produtivas de grãos nos Estados Unidos, ao longo das últimas três semanas, está ameaçando a safra e valorizando os preços da soja no Brasil. As cotações em alta devem incentivar a expansão da cultura, já que produtos concorrentes como o milho e o feijão estão com preços pouco atrativos.

De acordo com o coordenador técnico de Culturas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Wilson José Rosa, até o momento as expectativas são positivas para a safra mineira.

"Os preços da soja, após um período de baixa, voltaram a subir em agosto, influenciados pela possibilidade de redução da safra norte-americana. A tendência é a de que a produção mineira sejam ampliada na próxima safra uma vez que a liquidez e a cotação do produto são mais atrativos que os do milho e do feijão, por exemplo", avalia.

Segundo levantamento da Emater-MG, a saca de 60 quilos da oleaginosa em Minas Gerais estava cotada em média, até ontem, entre R$ 62 e R$ 66. No início de agosto era negociado em torno de R$ 55 por saca de 60 quilos, elevação máxima de 20%.

Segundo a Emater-MG, o clima segue dando o suporte para os preços internacionais da soja, depois de um período com temperaturas elevadas nas regiões produtoras dos Estados Unidos. As previsões climáticas apontam para temperaturas mais amenas e melhoria de umidade em algumas regiões norte-americanas, mesmo assim boa parte do país apresenta previsões de clima seco e quente o que mantém o mercado em alerta.

"Mesmo que o clima fique mais favorável nas próximas semanas, a última revisão do United States Department of Agriculture (Usda) para a safra norte-americana já previa queda na produção. Antes, a previsão era colher em torno de 92 milhões de toneladas, o que foi revisado para 85 milhões de toneladas", diz.

Perdas – No Brasil, a possibilidade de perdas na produção final dos EUA tem impulsionado os preços internos a subirem cada vez mais, ajudados pelo valorização do dólar em relação ao real.

De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), assim como estimado para Minas Gerais, as demais regiões produtoras do país também podem ter a área destinada a cultura ampliada.

Segundo a nota do Cepea, os preços interno e externo da soja em grão têm subido com força, ainda influenciados pela valorização do farelo de soja. Esse cenário amplia a vantagem da oleaginosa frente a culturas concorrentes em área.

Segundo pesquisadores do Cepea, estimativas já apontam que a área plantada com soja no Brasil deve crescer expressivamente na safra 2013/14, esse cenário também deve ser observado na temporada 2014/15 do Hemisfério Norte.

No mercado físico brasileiro, entre 23 e 30 de agosto, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, em moeda nacional, subiu 1,6%, fechando a R$ 75,67 por saca de 60 quilos no dia 30 de agosto. No mês, o Indicador teve alta de 10,33%. Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, o Indicador fechou a US$ 20,91 por saca de 60 quilos, alta de 0,45% em sete dias.

DCI – Diário do Comércio & Indústria

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