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Plano Safra 2015/16 deve ter juros médios de 8,75%

Trata-se de uma das maiores taxas de juros da história recente do plano

A presidente Dilma Rousseff anuncia hoje, no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2015/16, que deverá contar com juros de 8,75% ao ano para as linhas de crédito de custeio e comercialização da agricultura empresarial a serem praticados a partir de 1º de julho, quando se inicia “oficialmente” a próxima temporada agrícola no país. Trata-se de uma das maiores taxas de juros da história recente do plano. A taxa média vigente nos financiamentos concedidos para a agricultura empresarial no atual ciclo 2014/15, que vai terminar em 30 de junho, é de 6,5%.

Há dois meses, o Ministério da Agricultura e o Banco do Brasil vêm tentando convencer o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a aprovar um patamar de juros que represente no máximo uma elevação de 2 a 2,5 pontos percentuais em relação a 2014/15. O Valor apurou que a taxa média será 2,25 pontos percentuais superior.

O provável piso das linhas de crédito do Plano Safra 2015/16 será de 7,75% ao ano, patamar a ser aplicado nos empréstimos tomados por produtores de médio porte no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que atende a financiamentos de até R$ 20 milhões. Na atual safra 2014/15, entretanto, o agricultor de médio porte contrata esse crédito a juros de 5,5% ao ano.

Já para as linhas de investimento, que se enquadram nos programas de financiamento administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), haverá taxas de 9% a até 10,5%. É o caso dos programas PCA (construção de armazéns), Inovagro (inovação) e Moderinfra (infraestrutura), por exemplo.

Todos esses valores já foram definidos em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) realizada na última quinta-feira, 28 de maio, mas serão divulgados apenas hoje à tarde, em comunicado extraordinário após o anúncio do Plano. O CMN precisa editar resoluções fixando esses patamares, como inclusive já fez para o Moderfrota, programa de crédito, também do BNDES, que teve sua taxa ajustada para entre 7,5% e 9% ao ano, em março.

O governo federal também deverá anunciar um volume de recursos a juros controlados (menores que os praticados pelo mercado) pouco superior ao montante de R$ 156,1 bilhões ofertado em 2014/15. “O setor vem pedindo para que o governo no mínimo mantenha o mesmo volume de recursos, mas já sabemos que o Plano Safra 2015/16 trará um ‘prêmio’ de 10% a 15% a mais”, afirma Almir Dalpasquale, presidente da Aposoja Brasil, que representa produtores de soja.

Fonte: Valor Econômico – 02/06/2015

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