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PIB Agropecuário de 13% sustenta economia brasileira em 2017

Com R$ 6,6 trilhões, PIB cresceu 1,0% em relação a 2016, após duas quedas consecutivas, ambas de 3,5%, em 2015 e 2016

Nota Técnica DTE

Em 2017, o PIB cresceu 1,0% em relação a 2016. Essa alta é resultado da expansão de 0,9% do valor adicionado a preços básicos e de 1,3% nos Impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (13,0%), Serviços (0,3%) e Indústria (0,0%).

O PIB per capita variou 0,2% em termos reais, alcançando R$ 31.587 em 2017. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano. Os melhores resultados da economia estão mais ligados ao desempenho da agropecuária e a maior demanda do setor externo (Exportações de bens e serviços cresceram 5,2%), sendo que do lado da demanda interna a despesa de consumo das famílias apresentou resultados positivo ainda tímido (1%), bem como o subsetor de Construção repetiu o resultado negativo, em 2017 foi -5%, vindo de 2016 com desempenho negativo de 5,6%.

Desempenho da Agropecuária foi o destaque do ano

A alta na Agropecuária decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura, com destaque para as lavouras do milho (55,2%) e da soja (19,4%).

Na Indústria, destaque para a alta na atividade Indústrias Extrativas (4,3%), e a queda na Construção (-5,0%). Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e Indústria de transformação avançaram, respectivamente, 0,9% e 1,7%.

Entre as atividades que compõem os Serviços, Comércio cresceu 1,8%, seguido por Atividades imobiliárias (1,1%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%) e Outras atividades de serviços (0,4%). Os principais resultados negativos foram Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-1,3%), Informação e comunicação (-1,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).

A Despesa de consumo das famílias cresceu 1,0% em relação ao ano anterior (quando havia caído 4,3%), o que pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda no ano de 2017. No setor externo, as Exportações de bens e serviços cresceram 5,2%, enquanto as Importações de bens e serviços avançaram 5,0%.

Taxa (%) de crescimento do PIB por subsetores

Produção paranaense impulsiona o Brasil do agronegócio

Os resultados confirmam que o setor agropecuário é o que obtém resultados mais positivos para a sociedade brasileira nas últimas duas décadas, mesmo que com pouco apoio oficial. Em muitos países da União Europeia, USA, Japão, dentre outros, o apoio do Estado aos produtores representa mais de 20% da renda, enquanto no Brasil, segundo dados da OCDE, não passa de 4,9%. Os produtores brasileiros são altamente competitivos com uma gestão de propriedade baseada na sustentabilidade, mantendo de 20% a 80% da área da propriedade com vegetação nativa, dependendo da Unidade da Federação.

Para a FAEP, o Paraná tem contribuído de forma positiva com esses resultados. O Estado é o maior produtor de carnes do Brasil e o segundo maior produtor de grãos. Os produtores paranaenses são os primeiros no ranking nacional de produção de frango, trigo, feijão, cevada e tilápia e o segundo maior produtor de soja, milho, mandioca, leite e suínos, tendo ainda a produção de cana-de-açúcar a quarta maior produção do país. Em torno de 75% das exportações paranaenses têm como origem o agronegócio. Além disso, o Estado possui uma robusta e moderna estrutura de cooperativas agroindustriais, aliado a pesquisa, assistência e extensão rural e grandes indústrias ligadas ao setor, que estima um Valor Bruto da Produção Agropecuário de R$ 96,7 bilhões para 2017.

Fonte: IBGE/SEAB-PR

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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