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PIB do agronegócio cresce 1,22% no 1º quadrimestre

O PIB do agronegócio – estimado pela CNA e pelo Cepea – acumulou expansão de 1,22% no 1º quadrimestre de 2014

feijão-lavoura-(1)Em direção contrária à dos indicadores econômicos do País, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio – estimado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) – acumulou expansão de 1,22% no primeiro quadrimestre de 2014, em comparativo ao mesmo período do ano passado. Só em abril, o valor subiu 0,42%, a maior variação dos primeiros quatro meses do ano. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo segmento primário, que envolve as atividades dentro da porteira relacionadas à agricultura e à pecuária, que registrou incremento de 2,48%.

O desempenho só não foi melhor porque o segmento da indústria apresentou recuo de 0,2% em abril ? no mesmo mês de 2013 a alta havia sido de 1% -, limitando os ganhos do PIB do agronegócio. As indústrias da madeira e mobiliário, elementos químicos, beneficiamento de produtos vegetais e laticínios foram as que apresentaram as quedas mais expressivas na comparação com abril do ano passado.

O gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, explica que a agroindústria segurou relativamente o crescimento. “Houve uma redução do ritmo de industrialização, principalmente das indústrias que trabalham com trigo e milho”, relata ele.

A agricultura mais uma vez puxou o PIB do setor, principalmente devido ao faturamento de alguns produtos como a soja (que cresceu 12,3%), algodão (35,2%), banana (45,4%), cacau (59,7%), laranja (47,7%). Na pecuária, os desempenhos também foram positivos, tanto em preço quanto em volume. A bovinocultura de leite apresentou elevação no faturamento de 19,5%, a de corte, 15,6%, e a produção de ovos, 12,3%.

De forma geral, Turra avalia o número como positivo. “O PIB do agronegócio sempre está acima quando comparado com o desempenho dos demais setores. Porém, a expectativa para o segundo semestre é um pouco menos otimista”, relata. Isso porque provavelmente ocorrerá uma retração de preços de algumas commodities comercializadas no País. “Podemos dizer que o primeiro semestre foi positivo para o produtor, mas no segundo deve haver retração na comercialização do milho, trigo e soja, devido à maior oferta no mercado, inclusive graças à safra norte-americana”.

Já para o coordenador científico do Cepea, Geraldo Barros, a taxa para o primeiro quadrimestre é, “nas atuais circunstâncias de quase recessão no País, bastante relevante, sinalizando para um crescimento anual em torno de 4%”. “Ao menos que haja uma inversão para baixo nos mercados. Isso significa que produtores e trabalhadores rurais terão uma renda maior” .

Por fim, Barros comenta que o segmento primário vai continuar liderando esse crescimento, podendo chegar a uma taxa anual de 7,5%. “Para que isso ocorra, é importante que não haja grandes quedas de preços, o que é possível em razão das elevadas produções esperadas no Brasil e Estados Unidos, por exemplo. Os destaques aparentemente serão soja, algodão, laranja e café, além do boi e leite”, complementa.

Fonte: Folha de Londrina – 25/07/2014

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