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Perspectivas promissoras para exportações de carnes em 2014

O cenário mais promissor é o da carne bovina, cujas vendas externas poderão alcançar a marca de US$ 8 bilhões e superar as de carne de frango em receita, como em 2000 e 2006

carne bovina

Os embarques brasileiros de carnes deverão crescer em volume e receita em 2014, de acordo com as primeiras estimativas do segmento, o que tende a favorecer os resultados operacionais dos frigoríficos exportadores do país. O cenário mais promissor é o da carne bovina, cujas vendas externas poderão alcançar a marca de US$ 8 bilhões e superar as de carne de frango em receita, como em 2000 e 2006.

A previsão, quase unânime, de um dólar mais valorizado em relação ao real no ano que vem já será, por si só, um estímulo às exportações. Mas há notícias favoráveis também do lado da demanda. Tanto para a carne bovina quanto para a de frango, o acordo provisório sobre o programa nuclear do Irã, que deverá afrouxar as sanções ao país e normalizar as relações comerciais, é uma notícia positiva. E existem, ainda, perspectivas de reabertura de mercados para a carne bovina brasileira e de ampliação no caso do frango.

É por conta desse horizonte que a Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) prevê que as exportações de carne bovina poderão alcançar US$ 8 bilhões em 2014, um novo recorde histórico. Entre os meses de janeiro e novembro, o Brasil já exportou US$ 6 bilhões em carne bovina, de acordo com o Ministério da Agricultura. De acordo com o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, o dólar mais valorizado deverá permitir uma ampliação da ordem de 20% nos embarques de carne bovina brasileira ao exterior 2014. Neste ano, até novembro, as exportações de carne bovina somaram 1,35 milhão de toneladas.

Para chegar a esse crescimento, a Abiec também espera reabrir mercados como Arábia Saudita e China, que proibiram as compras da carne bovina nacional no fim do ano passado devido à notificação de um caso atípico da doença da “vaca louca” no Estado do Paraná.

Além de reverter esses embargos, os exportadores também esperam entrar em mercados novos, como Mianmar e Tailândia. “Deveremos abrir algum novo mercado até o fim do primeiro semestre de 2014”, afirmou Camardelli em recente entrevista.

O mercado dos Estados Unidos, para onde o Brasil deseja, há anos, exportar carne bovina in natura, é outro que poderá render boas notícias. O presidente da Abiec afirmou ter “indicativos” de que as negociações com Washington tendem a avançar.

E há, finalmente, a Indonésia. O país vinha resistindo a importar carne brasileira, mas deu sinais nos últimos dias de que pode abrir seu mercado à carne bovina brasileira. A descoberta pela Indonésia de que o serviço secreto da Austrália, um importante fornecedor de carne, espionava o telefone celular do presidente Susilo Bambang Yudhoyono deixou o governo do país asiático indignado.

Com isso, o governo da Indonésia decidiu acelerar as condições para que outros países produtores vendam para seu mercado – reduzindo, assim, as importações provenientes da Austrália.

As previsões são mais modestas para o segmento de frango, mas também deverá haver crescimento. Com um avanço de 4% na produção previsto para 2014, os embarques deverão crescer entre 2% e 3% em volume e, no mínimo, 3% em receita, estima Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

De janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras de carne de frango somaram US$ 7,349 bilhões, alta de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em volume, foram 3,567 milhões de toneladas nos 11 primeiros meses do ano, queda de 0,3% ante as vendas registradas em igual intervalo de 2012. A previsão é encerrar o ano com 3,9 milhões de toneladas de carne de frango embarcadas ao exterior.

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http://www.valor.com.br/agro/3365952/perspectivas-promissoras-para-exportacoes-de-carnes-em-2014

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