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Paranaenses podem receber alerta de geada pelo celular

Para usar a ferramenta, basta baixar um aplicativo no celular que fornece as informações do serviço que está em funcionamento há 25 anos no Estado. Demais plataformas seguem disponíveis

O agricultor paranaense tem, desde o início de maio, mais uma forma de saber se há risco de gear em sua região. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Instituto Simepar lançaram um aplicativo para smartphone por meio do qual divulgam boletins diários com informações meteorológicas e eventuais alertas de geada. Disponibilizado entre maio e setembro, o serviço é voltado principalmente a cafeicultores, mas também beneficia outros setores, como olericultura e fruticultura.

Chamado “Iapar Clima”, o aplicativo está disponível para celulares que operam com sistema Android e pode ser baixado gratuitamente. No menu, há uma seção “Alerta Geada”, em que são disponibilizadas as informações meteorológicas para o dia e os eventuais avisos sobre riscos de gear. Caso as condições estejam favoráveis à formação de geada, os alertas são emitidos com 48 horas de antecedência. Se as circunstâncias persistirem, as informações são confirmadas 24 horas depois, no boletim seguinte.

Os avisos são emitidos classificando as possíveis geadas de acordo com sua intensidade – fraca, moderada ou forte – e especificando as regiões de ocorrência. O foco está voltado para as regiões em que se concentra a cafeicultura do Paraná – Norte, Noroeste e Oeste. “Com essas informações recebidas em tempo hábil, o produtor pode adotar medidas que protejam suas lavouras. Tomando esses cuidados, as perdas são praticamente zero”, diz a pesquisadora Heverly Morais, do setor de agrometeorologia do Iapar.

Cuidados

Além de divulgar as informações meteorológicas, o Iapar também indica as precauções que o cafeicultor deve adotar em caso de previsão de geada. Nas lavouras novas – com plantas de até seis meses – a orientação é fazer o “enterrio” (cobrir com terra ou palha) das mudas. O boletim também avisará quando o produtor deve remover a cobertura da lavoura. Em caso de viveiros, o cafeicultor deve proteger as mudas com duas ou três camadas de plástico ou fazer o aquecimento do ambiente.

“Há casos de geadas quase sequenciais, com condições para vários dias. Então, a gente vai informar quando não há mais risco, para que o cafeicultor descubra as plantas”, aponta Heverly.

Para as lavouras de seis meses a dois anos, a indicação do Iapar é uma medida preventiva: proceder o “chegamento” de terra, ou seja, amontoar terra no entorno do tronco até a altura do primeiro par de ramos. Assim que fizer esse procedimento, o cafeicultor pode mantê-lo até setembro, sem prejuízo às plantas.

Todo esse conjunto de ações – emissão de alerta de geadas e a consequente precaução do produtor – já impediram perdas significativas no Paraná. Em 2000, por exemplo, o Estado enfrentou um período extremo, em que foram registradas 12 geadas ao longo de 20 dias. “Esse sistema de monitoramento evitou, na época, prejuízo estimado em R$ 20 milhões. Com o alerta emitido em tempo hábil, o produtor pode se precaver”, aponta a pesquisadora do Iapar.

Há 25 anos

O aplicativo de celular é apenas mais um canal de divulgação dos boletins de alerta de geada, que são emitidos há 25 anos. O produtor que não tem smartphone ou que não está familiarizado com os aplicativos pode ter acesso às informações de outras formas. Pelo telefone, basta ligar para o número (43) 3391-4500. Neste caso, o agricultou vai ouvir um áudio com as informações do boletim. O custo é o de uma ligação telefônica de aparelho fixo.

Há, ainda, a possibilidade de o produtor cadastrar seu número de celular e, assim, receber os alertas por mensagem SMS; de acessar o boletim diretamente no site do Iapar (www.iapar.br) ou do Simepar (www.simepar.br); ou receber os alertas por e-mail, após cadastro prévio. “Essas informações são como um seguro. Se não precisar usar, tudo bem. Mas é muito importante tê-las quando é preciso”, compara Heverly.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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