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Paraná tem plano para expansão da cafeicultura

Proposta lançada na reunião da CT de Cafeicultura do Sistema FAEP mira o aumento de área, ganhos de produtividade e qualidade da produção

O Paraná já foi o maior produtor nacional de café, mas hoje a cultura ocupa pouco mais de 26 mil hectares, que rendem perto de 1 milhão de sacas anuais. Para estimular a retomada da produção cafeeira no Estado foi lançado o “Programa de Revitalização da Cafeicultura Paranaense”, durante a reunião da Comissão Técnica (CT) de Cafeicultura do Sistema FAEP, no dia 20 de fevereiro, no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) de Ibiporã, na região Norte do Estado. A proposta tem como principais objetivos promover a rentabilidade dos cafeicultores e melhorar a estrutura de produção, visando maior sustentabilidade dessa cadeia.

“Esse programa é o pontapé inicial para que possamos reverter a diminuição tão drástica que ocorreu com o café no Paraná. Temos que buscar esse momento de preços atrativos para dar um incremento a essa atividade”, destaca o presidente da CT de Cafeicultura do Sistema FAEP e presidente do Sindicato Rural de Centenário do Sul, Walter Lima.

Uma das ferramentas previstas para a retomada envolve a oferta de assistência técnica para os cafeicultores paranaenses, de forma a elevar o nível técnico das propriedades. Esse serviço poderá ser feito via Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEP, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) ou mesmo dos prestadores de serviço privados.
“O objetivo é que essa cadeia fique ainda mais profissional e mantenha o nível de qualidade do café paranaense, que é internacionalmente reconhecido”, aponta o técnico Bruno Vizioli, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.

Lançamento do Programa ocorreu durante reunião da CT de Cafeicultura do Sistema FAEP

Um dos gargalos dessa cadeia produtiva, segundo Vizioli, diz respeito à genética. Apesar de o IDR-Paraná possuir expertise na produção de mudas de café do tipo arábica e fornecer para diversos Estados, os cafeicultores paranaenses encontram dificuldades em conseguir esse material.

“Agora para receber mudas de café, será necessário que o produtor esteja recebendo assistência técnica e tenha na cafeicultura sua principal atividade produtiva”, explica Vizioli. As metas estabelecidas no Programa de Revitalização da Cafeicultura Paranaense preveem o aumento na produtividade de 27 para 50 sacas por hectare e o crescimento de área para 50 mil hectares, além de um ganho expressivo de qualidade, com pelo menos 90% da produção estadual com qualidade de bebida dura tipo 6.

“Esse plano é oportuno, pois o momento do café é agora, já que o preço está lá em cima”, aponta Vizioli. Após o lançamento, foram consultados municípios produtores sobre as ações e estratégias a serem tomadas de forma a regionalizar a assistência técnica de acordo com as demandas de cada região. O prazo é de 30 dias para o envio de propostas para a CT de Cafeicultura do Sistema FAEP. Com essas informações, a entidade vai elaborar um plano de ação, que será apresentado no Encontro de Cafeicultores durante a ExpoLondrina, em abril.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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