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Paraná bate recorde e assume segundo lugar no abate de suínos

No segundo trimestre de 2015, o volume do abate de suínos cresceu 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 2 milhões de cabeças

O Paraná bateu recorde no abate de suínos no segundo trimestre, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume cresceu 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 2 milhões de cabeças. O resultado fez o Paraná superar o Rio Grande do Sul, com 1,9 milhão de cabeças, e assumir a segunda colocação no ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina (2,5 milhões).
O Paraná tem cerca de 130 mil produtores, dos quais 31 mil atuam comercialmente na cadeia produtiva. A suinocultura emprega 200 mil pessoas no estado. No segundo trimestre deste ano, o Estado foi o que mais cresceu no abate de suínos no país, com um desempenho bem acima da média. O Brasil abateu 9,7 milhões de cabeças no período – 5,7% mais do que no mesmo período do ano passado. O volume é recorde desde o início da série histórica da pesquisa do IBGE, em 1997.

“O Paraná tem a vantagem de ter uma indústria de carnes muito competitiva e eficiente, ao mesmo tempo em que é um grande produtor de grãos, que são usados como insumos. Essa combinação tem garantido ao Estado uma participação cada vez maior nessa cadeia no País”, diz Julio Takeshi Suzuki Júnior, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).

Além do crescimento da produção dos frigoríficos do Estado, contribuiu para a mudança no ranking a queda de 2,5% no volume de abates do Rio Grande do Sul.No acumulado do primeiro semestre, os dois Estados, no entanto, seguem muito próximos – o Paraná abateu 3,7 milhões de cabeças e o Rio Grande do Sul ficou um pouco acima, com 3,8 milhões de cabeças.
EXPORTAÇÕES – A produção de suínos seguiu o movimento puxado pelas exportações. A retomada das importações da Rússia ajudou o Paraná a aumentar em 62% os embarques no segundo trimestre, para 13,5 mil toneladas, de acordo com o IBGE. No semestre, o volume somou 21,9 mil toneladas, 40,3% mais do que nos primeiros seis meses de 2014, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

De acordo com Edmar Gervásio, analista do setor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, a Rússia, que havia interrompido as importações do Paraná, voltou a comprar do Estado nesse ano. Além dos russos, países da América do Sul, como Uruguai e Argentina, e Hong Kong, vêm ampliando as encomendas. A previsão, segundo Gervásio, é que o Paraná feche 2015 com um aumento de 24% nas exportações de carne suína.

COOPERATIVAS – A atividade está sendo estimulada pelo aumento dos investimentos das cooperativas. Um exemplo é o da Frisia Cooperativa Agroindustrial, que inaugurou nesse ano sua nova Unidade Produtora de Leitões (UPL), em Carambeí, na região dos Campos Gerais. Com capacidade para alojar 5 mil matrizes, a nova unidade pode chegar a uma produção semanal de 2.900 leitões.

Fonte: AEN -16/09/2015

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