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Otimismo no mercado com a queda da produção americana

Milho – Relatório USDA: corte na produção, estoques e aumento do consumo mundial
O corte na produção, estoques e elevação do consumo mundial de milho na safra 2011/12 certamente darão suporte aos preços na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (9), confirmando as expectativas do mercado. É o que aponta o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado hoje.

A produção mundial foi revisada de 867,73 para 866,18 milhões de toneladas. Para os estoques finais, as estimativas foram revisadas de 129,14 para 111,89 milhões de toneladas, um corte de 17,25 milhões de toneladas. Já o consumo mundial passou de 860,78 para 871,74, um aumento de próximo de 11 milhões de toneladas. De acordo com os números do USDA, a relação estoque final/consumo mundial é de 12,8 %, considerado preocupante.

Para os Estados Unidos, principal produtor mundial, foram retificados os números para a produção, consumo e estoque final. A produção foi reavaliada para menos, passando de 343,04 para 335,30 milhões de toneladas, ou seja, um corte de 7,74 milhões de toneladas.  O consumo passou de 293,51 para 290,97 milhões de toneladas.  Os estoques finais foram cortados em 5,20 milhões de toneladas, ou seja, passaram de 22,85 para 17,65 milhões de toneladas.

A União Europeia (27 países) teve a produção mantida em 59,29 milhões de toneladas. O USDA manteve a produção argentina em 26,0 milhões de toneladas e exportações ratificadas em 18,0 milhões de toneladas.  Quanto ao Brasil, o USDA manteve a produção em 55,0 milhões de toneladas, a exportação em 8,0 milhões de toneladas e estoques finais de 6,19 milhões de toneladas. Para a China o relatório reavaliou a produção de 172 para 178 milhões de toneladas e o consumo passou de 168 para 181 milhões de toneladas, alavancando o consumo mundial.

SOJA – Oferta Mundial 2011/12 reavaliada para 262,79 milhões de toneladas
A produção mundial de soja foi reavaliada para 262,79 milhões de toneladas e indica estoques finais de 61,59 milhões de toneladas. Os três principais produtores, Estados Unidos, Brasil e Argentina respondem por 82% da produção mundial. A relação estoque final/consumo é de 23,4%.  O relatório deverá ser negativo para a soja, com pressão de baixa nos preços.
Já a produção norte-americana de soja foi mantida em 89,40 milhões de toneladas (34% da oferta mundial). Os estoques finais norte-americanos aumentaram em 820 mil toneladas, passando para 5,18 milhões de toneladas.  Em relação ao Brasil a produção permaneceu em 72,50 milhões de toneladas (27,5% da produção global), o consumo retificado para 40,50 milhões de toneladas, a exportação prevista em 34,00 milhões de toneladas. Os estoques iniciais e finais foram reajustados para 19,42 e 17,43 milhões de toneladas, respectivamente.
Para a Argentina (20% da oferta mundial), foram mantidos os mesmos números para a produção e exportação de 53,00 e 11,80 milhões de toneladas, respectivamente.  O consumo reajustado para 41,65 milhões de toneladas.  Para a China foi reavaliada a produção de 14,80 para 14,30 milhões de toneladas e mantidas as exportações em 58 milhões de toneladas.

Gilda Bozza – Economista da FAEP

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