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O mercado está para peixe

Ouça a entrevista com o médico-veterinário Nordon Rodrigo Steptjuk, do DTE da FAEP, sobre o panorama da psicultura no Paraná

Reconhecido como o maior produtor e exportador de frango e um dos três principais plantéis de suínos do Brasil, o Paraná tem despontado também em outra proteína animal. Nos últimos anos, a piscicultura estadual registra avanços significativos, deixando produtores, cooperativas e indústrias otimistas em relação à atividade.

Diante de um movimento conjunto de todos os elos da cadeia produtiva, a produção de peixes no Paraná deve atingir 110 mil toneladas em 2016, aumento de 22% em relação ao ano passado, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A projeção tem lastro no aumento da capacidade de abate dos frigoríficos espalhados por praticamente todas as regiões do Estado e, principalmente, no fato de a carne de peixe, principalmente de tilápia, ter caído no gosto do consumidor, pelo aspecto de ser mais saudável na comparação com outras proteínas e em função da acessibilidade.

“O potencial é imenso. Há 20 anos, só tinha peixe de água salgada ou de rio nos restaurantes. Por conta da propaganda e do trabalho de apresentação junto ao público, hoje a tilápia é o carro-chefe em muitos destes locais”, ressalta Robert Gordon Hickson, engenheiro de pesca do Instituto das Águas do Paraná.

Gordon fala com propriedade sobre a atividade. O engenheiro de pesca é considerado o “pai da piscicultura paranaense”, pelo fato de ter introduzido os primeiros alevinos de tilápia na década de 1980. “Trabalhava em Recife e fui convidado para realizar o diagnóstico dos peixes da Bacia do Paraná para futura implantação da usina de Itaipu. Acabei trazendo uma variedade de tilápia que não exista por aqui, a mesma que é produzida em escala comercial atualmente, e distribuindo por Paranaguá, Toledo e Assis Chateaubriand”, relembra.

Na época, a variedade de tilápia encontrada no Paraná era considerada uma praga, pois se reproduzia rapidamente, mas não se desenvolvia o suficiente para ser vendida. “Devagar, fomos mostrando aos produtores que havia essa outra espécie, viável economicamente”, acrescenta Gordon.

Passadas mais de três décadas, a piscicultura assumiu papel de destaque na economia paranaense. O trabalho “Panorama de mercado das principais atividades da agropecuária paranaense”, desenvolvido por técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR, aponta que o Valor Bruto de Produção (VBP) da tilápia representou R$ 222 milhões em 2014, 39° posição entre as cadeias produtivas do agronegócio. A região Oeste concentrou 73% deste valor, seguida pelo Norte e Sudoeste com 17% e 4%, respectivamente.

A piscicultura no Estado é realizada em diferentes sistemas de produção, desde os extensivos até os superintensivos, realizada em viveiros escavados e tanques-rede. Na região Oeste, a maioria das tilápias é produzida em viveiros de terra. Por outro lado, no Norte a produção ocorre em viveiros de terra e tanque-rede.

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