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O alvorecer de Castro

Cidade dos Campos Gerais se reinventa, recebe investimentos e dá um salto para o futuro

Castro

O empresário José Amauri Simão alugou recentemente o imóvel vizinho à sua loja “Simão parafusos e ferramentas”, localizada no bairro Jardim Araucárias, em Castro, para utilizar o local como estoque. De um ano para cá, suas vendas aumentaram mais de 30%, levando-o a contratar mais funcionários.

Para se ter ideia, um determinado tipo de parafuso que costumava vender apenas 50 unidades por ano, em uma única encomenda vendeu mais de 1 mil unidades. “Aumentou a venda de tudo”, comemora. O motivo da alegria do empresário está no bom momento econômico em que vive o município, que têm no agronegócio sua mola propulsora. Parafusos não têm nenhuma relação direta com agricultura e pecuária, mas podem servir de termômetro para medir o aquecimento da economia. Quando o campo vai bem, outros setores também vão bem.

Nos últimos anos Castro vem se destacando em diversos aspectos. O município detém hoje o título de maior produtor de leite do Brasil, com 216.000 (MLT) em 2012, o que representa 172 milhões no ano. Trata-se do maior PIB agropecuário do Paraná e do maior valor bruto da produção do Estado. Também é no município que está a maior produtividade de soja do Brasil: 110,55 sacas por hectare na safra 2012/2013. Como se vê, trata-se de um ponto fora da curva.

Com o segundo maior território do Estado e uma população pouco superior a 70 mil habitantes, Castro se reinventa, recebe novos investimentos e dá mostras de que deverá manter essa trajetória ascendente, se não com os mesmos índices de liderança, com resultados econômicos pra lá de satisfatórios.

A fórmula desse sucesso suscita várias teorias, que têm em comum dois fatores, como explica o vice-presidente do Sindicato Rural de Castro, Eduardo Medeiros: “A diversificação e a industrialização da produção agropecuária são a chave desse resultado”, afirma. Para Medeiros são essas características que  agregam valor e proporcionam um cenário favorável para o desenvolvimento.  A opinião do dirigente se confirma quando se observa os dados da produção castrense.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o último levantamento da produção rural do município elenca uma gama de 110 itens, que vão da soja ao morango, do eucalipto ao crisântemo, passando por cogumelos, carpas  e própolis. “Ainda temos indústrias de máquinas, de insumos, de calcário”, completa Medeiros.

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