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Nutrição equilibrada em potássio incrementa produtividade da soja

Com o aumento da produtividade da soja (a média brasileira é de 3 mil kg/ha) também tem crescido a utilização de nutrientes pelas plantas. Com isso, se a reposição dos nutrientes retirados pelas culturas agrícolas não for equilibrada, o balanço nutricional pode ser negativo. Isso significa que, gradativamente, o esgotamento das reservas de nutrientes do solo pode reduzir o potencial produtivo da soja, explicam os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para debater quais os aspectos que envolvem a nutrição equilibrada de soja o pesquisador Osmar Conte faz apresentações técnicas nos dias 5 e 6 de fevereiro, na Estação do Conhecimento da Embrapa, no Show Rural, em Cascavel (PR).

Segundo o pesquisador, o desequilíbrio nutricional do (K2O) potássio tem sido o principal problema no Paraná, porque os produtores não têm feito a reposição necessária desse nutriente. “O potássio é o segundo macronutriente mais extraído pela soja, atrás apenas do nitrogênio”, explica Conte. “A demanda média da soja é de 38kg de K2O para cada tonelada de grãos”. Mas o pesquisador diz que há estudos que indicam que entre as cultivares de crescimento indeterminado – as mais utilizadas no Brasil – a demanda por potássio e fósforo é maior.

Entre os sintomas de esgotamento de potássio, Conte destaca o amarelecimento das folhas e a queima de suas bordas. “O problema é que, muitas vezes, esses sintomas podem inicialmente ser confundidos com nematoide ou outras doenças”, conta.

Para evitar o problema, os pesquisadores recomendam o monitoramento da fertilidade do solo. “A adubação equilibrada é um conjunto de medidas que visa manter os níveis de nutrientes, mas também está relacionada à prática adequada de inoculação, promovendo a fixação biológica do nitrogênio”, explica Conte. “É mais lógico manter a adubação, ou seja, repor todos os anos o que a planta retira do que deixar esgotar completamente”.

O pesquisador Osmar Conte entende que os agricultores que estão produzindo soja com teor de potássio abaixo do necessário podem ter problemas futuros. “Se não houver a quantidade necessária de potássio no solo, não haverá liberação desse nutriente para a planta. Por isso, a reposição será gradual trazendo prejuízos para a cultura agrícola”, diz. Entre as consequências negativas estão: a redução da eficiência da fixação biológica do nitrogênio, a diminuição do número de vagens por planta, redução da quantidade e do tamanho dos grãos, assim como na quantidade de óleo na semente.

Fonte: Embrapa

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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