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Nova doença é observada em lavouras de milho do Paraná

A estria bacteriana do milho tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos em híbridos de milho altamente suscetíveis, informou o Iapar

Uma doença até então desconhecida no Brasil, chamada estria bacteriana do milho, foi observada em lavouras do norte, centro-oeste e oeste do Paraná, informou nesta quarta-feira, 11, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A doença é causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. Vasculorum e tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos em híbridos de milho altamente suscetíveis, de acordo com o pesquisador da entidade Adriano de Paiva Custódio.

O Iapar diz que a ocorrência foi constatada primeiramente em áreas experimentais do centro de pesquisa agrícola da Cooperativa Agropecuária Consolata (Copacol), em Cafelândia (PR). “Em 2016, percebemos plantas com lesões diferentes do que estávamos acostumados, mas não era um problema evidente e pensamos se tratar de uma doença secundária”, diz em nota o engenheiro-agrônomo Tiago Madalosso.

Foram identificadas áreas com a doença, porém sem queda expressiva de produtividade nesta safra, conforme o Iapar. Após uma série de análises de plantas doentes, o instituto notificou o Ministério da Agricultura.

No Paraná, a estria bacteriana do milho foi registrada nos municípios de Cafelândia, Corbélia, Nova Aurora, Palotina, Santa Tereza do Oeste, Toledo e Ubiratã (região oeste), Campo Mourão e Floresta (Centro-Oeste) e Londrina, Rolândia, Sertanópolis e Mandaguari (norte).

Avaliações preliminares constataram a doença em mais de 30 híbridos cultivados nesta segunda safra, inclusive em transgênicos, aponta o Iapar. O milho pipoca também é suscetível.

Outro pesquisador do Iapar, Rui Pereira Leite Jr., diz que as principais práticas de controle são o uso de sementes idôneas e cultivares menos suscetíveis, a desinfecção de equipamentos, a adoção da rotação de cultivos e a destruição de restos de cultura. Segundo Leite, não há produtos químicos testados para o controle da bactéria.

A doença foi verificada pela primeira vez na África do Sul em 1949. Somente em 2016 foi detectada nos Estados Unidos e em 2017, na Argentina – de onde veio para o Brasil.

Fonte: Globo rural

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