Sistema FAEP

MIP reduz aplicações de inseticidas nas lavouras paranaenses

Manejo Integrado de Pragas traz benefícios inquestionáveis para o bolso e reduz os riscos para o produtor e meio ambiente

A adoção dos protocolos do Manejo Integrado de Pragas (MIP), além de permitir o uso de agroquímicos de forma mais equilibrada e reduzir os riscos para o produtor e meio ambiente, também traz benefícios inquestionáveis para o bolso. Em linhas gerais, é isso que traz a publicação “Resultados do Manejo Integrado de Pragas na Soja na safra 2015/16 no Paraná”, lançada no último dia 27 de setembro, em Londrina.

O trabalho reúne e compara os resultados obtidos ao longo do ano safra junto às 163 Unidades de Referência (URs) em 68 municípios do Estado, das quais 123 aplicaram os protocolos do MIP em suas lavouras. Noventa e dois extensionistas da Emater participaram ativamente do processo, coletando dados durante todo ciclo da soja. A iniciativa é fruto de um trabalho conjunto do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Embrapa Soja, que junto com o Sistema FAEP/SENAR-PR, são instituições parceiras do Programa “Plante seu Futuro”, coordenado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). Esta é a quarta safra consecutiva em que é feito este acompanhamento.

De acordo com a publicação, nas lavouras que adotaram o protocolo MIP, além de manter a produtividade da soja, foi possível reduzir os custos com o controle de pragas equivalente a três sacas por hectare, comparado ao que tem sido praticado pelos agricultores no Paraná. A redução na aplicação de inseticidas – especialmente aquelas voltadas ao controle de lagartas e percevejos – foi da ordem de 50%. Outro dado importante foi o tempo decorrido para a primeira aplicação que aumentou para 66,8 dias, enquanto que nas demais lavouras do Estado a média é de 36 dias.

O MIP consiste em um conjunto de técnicas de controle que são utilizadas de forma integrada para proporcionar a proteção da lavoura ao ataque das pragas. Para isso são usadas diversas estratégias, como o uso de plantas transgênicas mais resistentes, uso de feromônios, manipulação genética, controle biológico, controle cultural e químico. “A gente utiliza essas unidades para irradiar o conhecimento para outras propriedades através de dias de campo e visitas”, explica o engenheiro-agrônomo da Emater de Cambé, Alcides Bodnar. Há quatro anos acompanhando os resultados do MIP na região, ele destaca a importância do bom monitoramento para embasar a tomada de decisão sobre aplicar ou não inseticidas e fungicidas. Em uma das propriedades acompanhadas, o produtor fazia, em média, seis aplicações por safra. “Quando iniciou o trabalho com o MIP baixou para uma, duas aplicações”, comenta.

Leia a matéria completa aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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