Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta terça-feira (28) do lado positivo da tabela. Perto das 7h44 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam valorizações entre 6,75 e 8,25 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,92 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 4,08 por bushel.
Mais uma vez, as cotações do cereal buscam uma reação após as fortes quedas registradas na semana anterior. E, de acordo com os analistas, o comportamento do clima nos Estados Unidos continua sendo o principal fator observado pelos investidores. Ainda no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 75% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O percentual ficou acima do esperado pelos participantes do mercado, de 73%.
Por enquanto, o clima continua favorável, porém, existem preocupações em longo prazo. “As preocupações com o tempo ainda poderiam retornar ao mercado ao longo dessa semana”, disse Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao site internacional Agrimoney. “Alguns estresses podem ocorrer na cultura, embora as temperaturas médias mais frias devem contribuir para preservar a umidade no solo por mais tempo”, completa.
Nos EUA, o período mais importante para a cultura do milho é o mês de julho, quando grande parte das lavouras entra em fase de polinização. “A forte demanda no âmbito do mercado e as incertezas climáticas nos meses de julho e agosto poderiam significar preços um pouco mais altos, mas ainda não podemos confirmar”, disse Solutions Water Street Darren Frye ao Agrimoney.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Com foco na safra dos EUA, mercado fecha pregão desta 2ª feira próximo da estabilidade em Chicago
Em mais uma sessão volátil, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta segunda-feira (27) em campo misto, bem próximo da estabilidade. As primeiras posições fecharam o dia com leves ganhos, entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,85 por bushel. Já o vencimento março/17 exibiu ligeira queda, de 0,75 pontos e finalizou o pregão a US$ 4,01 por bushel.
O mercado até tentou ao longo do dia se recuperar do tombo da semana anterior, de mais de 12%, porém, o movimento de recuperação não foi consolidado. Isso porque, em grande parte do Corn Belt, as chuvas apareceram no final de semana, o que contribuiu um pouco para a o desenvolvimento da cultura, conforme ressaltou o analista e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Inclusive, na semana anterior, os fundos de investimentos liquidaram suas posições diante dos novos mapas climáticos indicando chuvas no Meio-Oeste dos EUA. Ainda assim, o clima deve continuar no foco dos participantes do mercado, uma vez que, em julho as previsões indicam que o tempo deverá ter chuvas dentro da normalidade, mas temperaturas acima da média, conforme dados reportados pelo NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país. E o mês é de extrema importância para o milho, já que grande parte das lavouras deverá estar na fase de polinização, fase de definição da cultura.
No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve o índice de lavouras em boas ou excelentes condições em 75%. Cerca de 20% das plantações ainda apresentam condições regulares e 5% estão em condições ruins ou muito ruins.
Ainda hoje, o departamento reportou que, na semana encerrada no dia 23 de junho, os embarques do cereal somaram 1.451,227 milhão de toneladas. O volume ficou acima das apostas dos investidores que giravam entre 890 mil e 1,19 milhão de toneladas. Na última semana, o número foi ligeiramente menor e ficou em 1.235,070 milhão de toneladas.
No acumulado da temporada, o volume embarcado está próximo de 33.875,356 milhões de toneladas de milho. Já no mesmo período do ano anterior, o volume era de 35.928,039 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
A sessão desta segunda-feira (27) foi positiva aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity finalizaram o dia com valorizações entre 0,05% e 1,86%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 41,12 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 41,10 a saca. Já no Porto de Paranaguá, a saca do cereal para entrega em setembro/16, terminou o dia estável a R$ 35,00 a saca.
Enquanto isso, no mercado interno o início da semana foi de pouca movimentação nos preços do cereal. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Assis (SP), o preço subiu 21,07%, com a saca a R$ 44,94. Em Itapeva (SP), o valor também registrou alta, de 17,48%, com a saca a R$ 45,91.
Em contrapartida, na região de Jataí (GO), o valor caiu 8,11% nesta segunda-feira e a saca do cereal era cotada a R$ 34,00. Em Ponta Grossa (PR), o recuo foi de 6,25%, com a saca a R$ 45,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a saca encerrou o dia a R$ 30,50, com queda de 4,69%. Nas praças de Mato Grosso, Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, a desvalorização foi de 3,45%, com a saca a R$ 28,00.
Nesse instante, os participantes do mercado ainda observam o andamento da colheita da segunda safra no Brasil. Apesar da quebra devido ao clima, a perspectiva é que os produtores colham uma safrinha próxima de 50 milhões de toneladas, o que deve ainda pressionar as cotações. Contudo, a perspectiva dos analistas é que a partir do final do ano, as cotações do cereal se acomodem.
No Paraná, em torno de 10% da área cultivada nesta temporada já foi colhida, segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). Por outro lado, no maior estado produtor, Mato Grosso, o índice é maior, já que em torno de 16,62% da área foi colhida até o momento. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Além disso, os investidores estão atentos às renegociações dos contratos feitos antecipadamente. Esse movimento contribui para pressionar as cotações, uma vez que tende a deixar mais produto no mercado interno brasileiro.
Dólar
Ainda hoje, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,3946 na venda, com alta de 0,44%. Na máxima do dia, a moeda tocou o patamar de R$ 3,4167. Segundo a agência Reuters, os investidores ainda estão cautelosos e adotam medidas defensivas depois da decisão do Reino Unido em deixar a União Europeia.
Fonte: Notícias Agrícolas
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