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Milho: com foco na safra e nas boas vendas semanais, mercado sobe pelo 3º dia consecutivo em Chicago

Mercado ainda encontra suporte nas preocupações com o clima no Meio-Oeste dos EUA, já que há preocupação com as previsões climáticas que indicam poucas chuvas nos próximos dias

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram pelo terceiro dia consecutivo. Ao longo da sessão desta quinta-feira (19), os vencimentos ampliaram os ganhos e finalizaram o pregão com altas entre 3,50 e 4,00 pontos, uma valorização de mais de 1%.

O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,65 por bushel. O março/19 encerrou o dia a US$ 3,76 por bushel e o maio/19 trabalhava a US$ 3,82 por bushel.

De acordo com informações das agências internacionais, o mercado ainda encontra suporte nas preocupações com o clima no Meio-Oeste dos EUA. Com boa parte da safra já em fase de polinização, a preocupação é com as previsões climáticas, que indicam poucas chuvas nos próximos dias no cinturão de produção.

Entre os dias 25 a 29 de julho, as chuvas ficarão abaixo da média, conforme dados do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país. Já as temperaturas deverão ficar abaixo da normalidade no mesmo período.

Outro fator que também deu suporte aos preços nesta quinta-feira foi o boletim de vendas semanais. Segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na semana encerrada no dia 12 de julho, as vendas do cereal somaram 641 mil toneladas da safra velha.

O volume ficou acima das expectativas dos participantes do mercado, que estavam entre 300 mil a 600 mil toneladas. No acumulado da temporada, as vendas somam 58.736,4 milhões de toneladas, superando o ano passado, e frente à estimativa total do USDA de 60,96 milhões de toneladas. O Japão foi o principal destino do cereal.

As vendas da safra nova, por sua vez, somaram 774,5 mil toneladas, enquanto as projeções variavam de 200 mil a 500 mil toneladas somente. O México foi o maior comprador.

“A demanda pelo milho dos EUA é forte tanto no mercado interno quanto no global e queremos permanecer fortes por algum tempo”, disse Arlan Suderman, principal economista de commodities da corretora INTL FCStone.

Mercado interno

A quinta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), a alta foi de 5,88%, com a saca a R$ 18,00. Já em Rio Verde (GO), a valorização foi de 3,85%, com a saca do cereal a R$ 27,00.

Na região de Ubiratã (PR), o ganho foi de 1,71%, com a saca a R$ 29,70. Ainda no Paraná, em Pato Branco, o preço subiu 1,62% e a saca fechou o dia a R$ 31,40. Por outro lado, no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18 caiu 1,30% e a saca cotada a R$ 38,00.

“Os negócios continuam lentos e acompanhamos apenas entrega de contratos. Com o clima seco, o produtor dá preferência à colheita do grão e espera para ver que rumo tomar”, afirma o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Ainda na visão do especialista, os altos valores dos fretes ainda inviabilizam os negócios com o cereal. A expectativa é que seja reportada nesta sexta-feira (20) uma nova tabela de fretes pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Fonte: Notícias Agrícolas.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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