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Mercado registra consecutivas queda no preço das carnes bovina e suína

Desde a segunda metade de outubro de 2016, somente em três semanas o mercado subiu

As semanas de quedas de preço das carnes se acumulam. As três semanas transcorridas em janeiro deste ano e a última de dezembro do ano pasado vieram com desvalorização para a carne bovina no atacado.

Desde a segunda metade de outubro de 2016, somente em três semanas o mercado subiu. E tudo isso ocorre em um ambiente de oferta pequena de boiadas com, inclusive, compradores nada dispostos a alongar as escalas. Ou seja, tudo joga em favor da redução dos estoques já há um bom tempo e, mesmo assim, não tem sido possível encontrar um equilíbrio com a demanda.

Não há perspectiva de melhora de vendas no curto prazo. Estamos na terceira semana do mês e a próxima não será ainda a que antecede os pagamentos de salários, período em que costuma acontecer a reposição dos estoques por parte dos varejistas e acaba ajudando no escoamento do atacado.

Outro ponto que chama a atenção é o fato de a carne bovina, desde a metade final de novembro, vir registrando preços médios menores do que um ano antes. Mesmo com inflação e com alta de custos de produção, itens que pressionam o empresário por receitas maiores, não tem sido possível elevar os preços de venda.

Suína

Nas granjas paulistas, o mercado de suínos teve mais uma desvalorização nesta semana. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do animal terminado está cotada, em média, em R$76,00. O recuo foi de 5,0% nos últimos sete dias. No atacado, os preços ficaram estáveis. A carcaça especial segue negociada em R$5,90/kg.

O principal fator do ritmo lento do mercado vem sendo o desempenho ruim nas vendas na ponta final da cadeia. A segunda quinzena do mês já traz seus efeitos sobre o poder de compra do consumidor, junto a isso, janeiro, com seus impostos e contas acumuladas, desfavorece ainda mais o ímpeto das compras.

Os frigoríficos continuam cautelosos em suas aquisições, visando administrar seus estoques para conseguirem manter as cotações de seus produtos. Desde o início do mês as desvalorizações acumuladas nas granjas e no atacado foram de 11,6% e 13,2%, respectivamente. Para os próximos dias a demanda deve seguir patinando e quedas não estão descartadas.

Fonte: Scot Consultoria

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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