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Mato Grosso: Excesso de chuva prejudica o ritmo da colheita da soja

Até agora, 71% da área de soja, em Mato Grosso, foi colhida

soja-lavoura-grão-colheita-mão-3-(35)A umidade na lavoura ainda está acima da ideal, mas mesmo assim, as máquinas vão para o campo. “Não é o mais indicado colher com estas umidades superaltas, acima de 35%, 40%, (…) mas se a gente deixar, pode ser pior”, explica o produtor Andrey Costa Beber.

Até agora, 71% da área de soja, em Mato Grosso, foi colhida. Para dar mais ritmo ao serviço, a colheita avança noite adentro em uma fazenda em Nova Mutum, cena rara nos campos matogrossenses.

Os agricultores costumam evitar a colheita noturna justamente porque após o pôr do sol, a umidade na lavoura aumenta. Na fazenda visitada pela reportagem, por exemplo, os trabalhos geralmente terminam por volta das 19 horas, mas agora, como é preciso correr para recuperar o tempo perdido, a ideia é que as colheitadeiras permaneçam ligadas pelo maior tempo possível.

Vicente Beber tem pressa. Muitos grãos passaram do ponto de colheita e já apresentam danos. Eles precisam ser retirados o quanto antes do campo para que os prejuízos não aumentem. “A gente tem uma produtividade de 60 [sacas por hectare], conforme vão passando os dias, a produtividade vai diminuindo e cai para 55, 50. Dependendo do avariado que também vai acontecer, ela perde peso, perde muito”, diz.

No geral, a produtividade média no estado caiu apenas uma saca em relação à previsão inicial do Instituto Mato Grossensse de Economia Agropecuária (Imea). De 54 sacas, o valor caiu para 53 sacas por hectare, mas a produção deve ficar quase 600 mil toneladas abaixo da expectativa.
“A gente estima uma perda de 2% em cima do que vamos produzir este ano, que é de 26,8 milhões de toneladas, que em valor financeiro chega a R$ 438 milhões perdidos pelos produtores”, diz Daniel Latorraca, gestor técnico do Imea.

 

Fonte: Diário de Franca – 12/03/2014

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