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Mapa libera trânsito de animais entre Estados que retiraram a vacina da aftosa

Medida beneficia a comercialização entre Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Grosso

O trânsito de bovinos e bubalinos entre seis estados que estão em processo de retirada da vacina contra a febre aftosa está facilitado a partir de agora. A medida beneficia a comercialização destes animais entre Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Grosso, já que esses cumprem as regras de segurança sanitária.

De acordo com o ofício nº 121/2020, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esses Estados e regiões estão em fase de transição, cumprindo os requisitos necessários para o pleito de áreas livres de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com regramentos e controles sanitários consonantes.

O documento do Mapa anula as Instruções Normativas SDA nº 37, de 27 de dezembro de 2019, e nº 23, de 29 de abril de 2020, que proibiam o ingresso e a incorporação de animais vacinados entre o Paraná e os demais Estados.

Desde outubro do ano passado, o Paraná está, oficialmente, livre da vacinação contra a febre aftosa. Naquele mês, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou a Instrução Normativa (IN) que, a partir de 31 de outubro, proíbe a manutenção, comercialização e o uso de vacinas contra a doença em terras paranaenses. Com o fim da imunização, o Paraná deu mais um passo definitivo em direção ao reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação.

A expectativa do Paraná é ser reconhecido pela OIE como área livre de aftosa sem vacinação em maio de 2021. A conquista do novo status sanitário será resultado de um longo caminho, iniciado na década de 1970, quando o Paraná começou seu programa de profilaxia e controle da febre aftosa. A participação da iniciativa privada no processo de estruturação do sistema sanitário paranaense sempre foi decisiva.

De 1997 para cá, o Sistema FAEP/SENAR-PR investiu mais de R$ 40 milhões no desenvolvimento sanitário do Paraná, em uma série de ações, como treinamentos, divulgações de programas e implementação de boas práticas, além da capacitação de técnicos e produtores, viagens técnicas e acompanhamento de organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa).

Adapar está com inquérito epidemiológico em aberto

Como mais um passo para o reconhecimento do Paraná como Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está com um inquérito epidemiológico em aberto. A entidade divulgou em ofício, no final de maio, que os prazos continuam definidos conforme programação inicial.

A última fase, referente à realização de um inquérito soroepidemiológico no rebanho, teve início no dia 18 de maio, com prazo de quatro semanas para conclusão. Essa etapa tem o objetivo de constatar que não há circulação viral de febre aftosa no território paranaense. De acordo com a Adapar, serão coletadas amostras de sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais.

Leia mais sobre o inquérito aqui.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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