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“Liderança deve ser ferramenta de transformação”, diz Allan Costa

Palestrante propôs reflexão durante o Encontro Estadual de Líderes Rurais. Ele destaca importância de agir com empatia, ética e responsabilidade

O líder e investidor Allan Costa abriu sua palestra no Encontro Estadual de Líderes Rurais com uma provocação sobre o papel da liderança institucional na transformação social. Durante sua apresentação, ele projetou no telão imagens retratando situações problemáticas, como desigualdade, desastres naturais e corrupção, e, em seguida, fez uma pergunta direta: “Qual é a conexão dessas imagens com a liderança?”.

Costa explicou que esses problemas surgem justamente em contextos de “vácuo de liderança”. Quando não há liderança ativa e responsável, qualquer pessoa pode ocupar esses espaços vazios, o que pode resultar em instabilidade e retrocesso. A liderança, portanto, não é apenas desejável, mas necessária.

Costa chamou a atenção para o fato de que, quando a desconfiança se espalha pela sociedade, as pessoas acabam entrando em um estado de “catatonia”, no qual os problemas são vistos como normais, sem esperança de mudança. O palestrante, no entanto, trouxe uma mensagem de otimismo, propondo um modelo de liderança pautado em ética, identidade, responsabilidade e, acima de tudo, protagonismo.

“Assumir o protagonismo na sociedade depende de cada um de nós”, afirma Allan Costa

Diante disso, Costa ressaltou a necessidade de novas abordagens para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. “O mundo mudou, e precisamos entender isso, senão as relações ficarão comprometidas”, disse, citando os conflitos geracionais como exemplo. Para o palestrante, compreender essas diferenças é fundamental para construir relações saudáveis e produtivas.

Outro ponto destacado pelo palestrante foi o exercício da liderança em “escala”, começando pelo autoconhecimento. “Ser líder de si mesmo é o primeiro passo”, pontou. Ele também enfatizou que a liderança protagonista exige empatia, constância e disciplina. Um líder deve ser uma referência para os outros, sempre agindo com coerência em suas atitudes. “Não há outra forma de liderar senão pelo exemplo”, sentenciou.

A capacidade de desafiar o status quo também foi abordada em sua fala. Para Costa, o exercício da liderança não pode ser conformista. “É preciso inconformismo para buscar sempre uma maneira melhor de fazer as coisas. Um líder tem discernimento para filtrar os ruídos ao seu redor, se concentrando no que realmente importa para a mudança”, afirmou.

Por fim, Costa falou sobre a importância de criar um legado. Para ele, a liderança deve ser uma referência para os outros, mostrando um mundo mais amplo e conectando-se com o que faz sentido para as pessoas. “Pessoas só seguem quem as inspira. Isso se faz com sensibilidade e percepção, e é isso que nos dá a possibilidade de transformar o mundo”, concluiu.

Imprensa

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